A 11 de março de 2020, a Organização Mundial de Saúde declarou a situação provocada pelo SARS-CoV-2 como uma pandemia global. O impacto da Covid-19 em Portugal foi enorme, com o país a registar até março de 2025 um total de 5.665.470 casos e 29.154 óbitos.
O desporto português não ficou imune aos efeitos devastadores da crise pandémica. Desde o primeiro surto detetado em Felgueiras, até à cerca sanitária imposta em Ovar, as marcas deixadas pela Covid-19 são difíceis de apagar.
O Desespero dos Atletas
É assim que vou morrer? foi a angustiante pergunta que muitos atletas se fizeram ao longo destes anos, confrontados com a perspetiva de verem os seus sonhos desportivos serem interrompidos. Para alguns, como os avós que não puderam segurar os seus netos recém-nascidos, a pandemia representou uma dolorosa separação de momentos e memórias importantes.
Testemunhos de atletas, treinadores, médicos e elementos do Governo evidenciam como a Covid-19 abalou profundamente o universo desportivo nacional. Competições foram suspensas, carreiras ficaram em suspenso e a incerteza quanto ao futuro assombrou muitos protagonistas.
O Impacto nos Clubes e Seleção Nacional
A Seleção Nacional não escapou aos efeitos nefastos da doença, com jogadores infetados e a terem de cumprir quarentenas antes de importantes jogos. Clubes como o Benfica, FC Porto e Sporting também tiveram de lidar com surtos no seio das suas equipas, o que se refletiu nos resultados desportivos.
Apesar dos desafios, o desporto português soube demonstrar a sua resiliência, adaptando-se às circunstâncias e encontrando formas de retomar a atividade, embora com restrições e protocolos apertados. Hoje, cinco anos depois, as cicatrizes da pandemia ainda são visíveis, lembrando-nos da importância de estarmos preparados para enfrentar futuras crises.