Desde a infância, o central argentino teve que superar várias dificuldades para alcançar o sucesso no futebol. No documentário 'Campeones, un año después', Otamendi revelou que a sua mãe o acompanhava até aos treinos quando ele era mais novo. No entanto, devido às limitações financeiras, ela não podia continuar a acompanhá-lo e ele tinha que apanhar três autocarros para chegar aos treinos.
Otamendi descreveu a situação da seguinte forma: 'Apanhava três autocarros para ir treinar desde criança. Até os 13 anos, a minha mãe acompanhou-me e depois deixou de me acompanhar porque não tinha dinheiro para isso. Eu ia sempre com a roupa da escola para pagar apenas 10 cêntimos pelo bilhete do autocarro'. Além disso, o jogador argentino também enfrentou dificuldades alimentares: 'Às vezes só tinha dois pesos (moeda da Argentina) que a minha mãe me dava para comprar algo para comer. Mas eu sei que lhe custava muito me dar esse dinheiro. Sabia que a minha mãe me dava o pouco que tinha para eu poder viajar e talvez ela não se alimentasse bem'.
Apesar de todas as adversidades, o título mundial conquistado pela Argentina em 2021 significou muito para Otamendi e para a sua família. Ele conseguiu retribuir todo o sacrifício da sua mãe e de toda a sua família ao conquistar o maior título do futebol. E essa conquista fortaleceu ainda mais a sua dedicação à seleção argentina.
Otamendi afirmou: 'A seleção une-nos. É algo que se desfruta. Para mim não há melhor camisola que a do meu país sem dúvida. Todos podem dizer-te a mesma coisa. Não há um dia em que diga não vou mais para a seleção. A minha mentalidade no início de cada época foi estar na melhor forma para continuar a representar aa Seleção. Estando bem ou estando mal, nunca pensei renunciar à camisola do meu país'.