Último jogo memorável de Rafa no Estádio da Luz
O Benfica despediu-se de Rafa Silva com «chave de ouro», goleando o Arouca por 5-0 no último jogo do internacional português no Estádio da Luz. Independentemente do resultado, a classificação de ambas as equipas iria permanecer inalterada, pelo que estavam em jogo a honra, o prestígio e a despedida de Rafa Silva.
Benfica e Arouca apresentaram o seu sistema habitual: 4x2x3x1. Roger Schmidt apostou em Rafa na posição de ponta de lança, uma opção «muitas vezes criticada mas que, por "ironia do destino, resultou na perfeição"», como analisou Vítor Vinha.
Domínio total das águias
O encontro foi de «sentido único», com o Benfica a impor a sua superioridade durante os 90 minutos. «Com ambas as equipas fiéis aos seus princípios de jogo, o segredo da vitória encarnada esteve na forte pressão que exerceu durante os 90 minutos», explicou Vinha. O Arouca «bem tentou construir desde trás, tanto de forma curta como de forma longa, mas a organização e os timings de pressão das águias foram perfeitos, com o Arouca a não conseguir ligar o seu jogo».
O Benfica venceu quase todos os duelos, recuperou imensas bolas no meio-campo ofensivo e asfixiou o adversário. «Com bola, a qualidade das águias veio ao de cima. Aproveitando o espaço nas costas da defesa arouquense e a qualidade das movimentações à profundidade, por parte do ataque encarnado, o Benfica marcou cinco golos, mas poderiam ter sido mais», analisou Vinha.
Rafa Silva brilha na despedida
Di Maria, Kokçu, Tengstedt e Rafa Silva, por duas vezes, marcaram os golos da goleada do Benfica. Sobre Rafa Silva, Vinha escreveu: «O internacional português fez o seu último jogo no Estádio da Luz. Ainda com um derradeiro encontro por realizar na presente temporada, foram oito épocas de águia ao peito, trezentos e vinte seis jogos e noventa e quatro golos marcados. O seu talento e velocidade são inegáveis. Repleto de magia e argumentos ofensivos, Rafa despediu-se dos benfiquistas de forma memorável. Dois golos que reflectem a sua qualidade: um remate forte indefensável e uma jogada digna do seu melhor, com uma picadinha por cima de Arruabarrena, coroaram um adeus anunciado. E ainda assistiu Tengstedt para o quarto golo. Rafa Silva vai deixar saudades e fica a sensação de que o seu percurso poderia ter tido outros voos.»
Kokçu, que jogou na posição 10, «não é de grandes sorrisos, tem grande alma competitiva e soma números no lugar onde se sente mais feliz», concluiu Vinha.