Os números não mentem: o futebol português tem vindo a cair no ranking da UEFA. Com apenas quatro clubes a dominar a liga, falta equilíbrio e competitividade nas competições nacionais. A venda centralizada dos direitos televisivos ainda não é uma realidade e o modelo competitivo está ultrapassado. Esta situação reflete-se nos resultados das equipas portuguesas na Liga Conferência, onde nunca conseguimos colocar uma equipa na fase de grupos.
A atual temporada é um exemplo claro das consequências deste declínio. Portugal ocupa o 14º lugar no ranking da UEFA, atrás de países como a República Checa, Turquia e Grécia. Se nada for feito, corremos o risco de perder pelo menos uma equipa na Liga dos Campeões da próxima temporada, o que terá um impacto financeiro significativo para os clubes.
A recente eleição de Pedro Proença como presidente da Associação de Ligas Europeias pode ser uma oportunidade para mudar este cenário. Com a sua competência reconhecida, Proença tem agora a responsabilidade de convencer os clubes nacionais da necessidade urgente de mudança.
É inegável que há clubes a mais na Primeira Liga, o modelo competitivo está desatualizado e a distribuição das receitas televisivas é desigual. É hora de tomar medidas e encontrar soluções que promovam o equilíbrio e a competitividade no futebol português. A Associação de Ligas Europeias defende precisamente isso, e é importante que os clubes e associações nacionais se unam em prol do bem do jogo, dos jogadores, dos adeptos e dos clubes.
Não podemos ficar à espera. O tempo urge e é necessário agir para evitar uma maior queda no ranking da UEFA e para garantir que o futebol português continue a ser competitivo a nível europeu.
