Antes do confronto da terceira jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões contra o Marselha, o treinador do Sporting, Rui Borges, deu uma entrevista à Sport TV onde destacou o papel essencial do jovem médio João Simões na equipa. O técnico realçou a importância da intensidade e da capacidade de definição do jogador, fundamentais num contexto em que o Sporting não detém a posse de bola com frequência.
Rui Borges evidenciou a confiança que deposita em João Simões, particularmente pelo contributo que deu no jogo contra o Nápoles, enfatizando a dinâmica competitiva necessária para enfrentar adversários de alto nível na Liga dos Campeões.
Confiança em João Simões
Rui Borges afirmou: “Espero que volte a fazer um grande jogo. Tem caraterísticas muito próprias, com uma intensidade diferente de outros jogadores. Contra o Nápoles achámos que precisávamos de gente que definisse bem e os jogos de Champions são diferentes, onde não temos tanta posse de bola. O Simões deu-nos isso em Nápoles e espero que nos dê isso agora também.”
Esta declaração mostra a estratégia de preparação da equipa, valorizando a energia e a capacidade de manter um ritmo elevado, elementos que João Simões incorpora e que são cruciais para o equilíbrio e coesão do Sporting em jogos de grande exigência.
Análise do adversário e preparação táctica
O treinador comentou ainda o momento que a equipa atravessa e o perfil do Marselha: “São jogos diferentes. Meia distração sai cara... No Nápoles, quando estávamos por cima, sofremos numa transição. Os jogadores estão super motivados, o Marselha têm a segunda maior percentagem de posse de bola da Ligue 1 e a maior de passes certos, são dinâmicos, objetivos, principalmente quando ganham espaço entre linhas, mas nós também temos os nossos argumentos. Não nos podemos expor. Já vi o onze e metem ainda mais um elemento na frente...mas acredito que faremos um grande jogo.”
Essa abordagem revela a precaução táctica para não cometer erros, mostrando a consciência das qualidades do adversário e a determinação em apresentar uma exibição sólida e competitiva.
Gestão da forma dos jogadores-chave
Sobre o desempenho dos principais jogadores, Rui Borges foi realista: “O Pote, o Trincão, o Hjulmand, o Inácio... São importantes e não vão estar sempre no seu melhor momento. Mesmo o próprio Suárez, que chegou num patamar altíssimo, não baixou muito, mas a dinâmica já não é a da chegada... Mas não acredito em má fase. Vamos à procura da segunda vitória, perante um grande adversário, mas confiantes...”
Esta visão mostra uma abordagem equilibrada e positiva, reconhecendo que oscilações são normais numa época longa e que a equipa tem capacidade para se superar e alcançar resultados positivos.
Rotatividade e frescura da equipa
Rui Borges explicou a gestão do plantel nesta fase da temporada: “Todos contam e isso é a maior prova que lhes posso dar. Mais do que posso transmitir a vocês, comentadores, é isto. Têm jogado todos e não posso passar maior confiança. Uma vezes é por estratégia, outras vezes é por outras coisas, por gestão, fadiga extra que pode levar a lesões que não queremos...”
Esta preocupação destaca a importância da rotatividade para manter os jogadores frescos física e mentalmente, essencial para o desempenho consistente na exigente Liga dos Campeões.
Além disso, o treinador reforçou a aposta nos jovens talentos que emergem da academia, como o irmão do avançado Rafael Leão, Paulo Simão, que marcou o golo decisivo na Youth League, sublinhando a contínua revelação de potencial na formação leonina.
Esta estratégia revela um Sporting atento às nuances do futebol europeu e confiante no seu potencial, apostando na intensidade e na juventude para ultrapassar desafios e alcançar metas ambiciosas na competição de elite.