Frederico Varandas, presidente do Sporting Clube de Portugal, fez declarações contundentes em resposta às crescentes críticas lançadas pelo clube da Luz. Durante uma pausa no aeroporto Humberto Delgado, antes da partida da equipa rumo a Itália, Varandas afirmou: ““Entendemos o momento sensível que o Benfica atravessa, um momento eleitoral, e respeitamos isso, mas existem limites. Chega a um ponto em que nos obriga a 'pôr os pontos nos is'. A retórica de há algumas semanas a esta parte começa a ser demais. Não é por se dizer mil vezes uma mentira que passa a ser verdade. Se é assim que querem, reponho a verdade mil vezes.””
O presidente leonino abordou as críticas específicas sobre a arbitragem, uma questão que tem gerado intenso debate na atual temporada. Varandas enfatizou a falta de proporcionalidade nas queixas do Benfica, questionando: ““Sobre a arbitragem, entramos no ridículo, em que temos um comunicado sobre um lance no jogo do Estoril. Como é óbvio, o Maxi Araújo não faz falta nenhuma, e o Pote não está à frente do guarda-redes.””
Criticas à Arbitragem
Além de contestar as queixas benfiquistas, Varandas fez uma analogia com lances de outros jogos que envolveram o Benfica, argumentando: ““Vou fazer o exercício ao contrário, Estrela da Amadora-Benfica, comentem esse penálti. AVS-Benfica, penálti. Como foi o contacto? Benfica-Gil Vicente, contacto na área do Barreiro, ao minuto 98. O futebol, aí, já é para homens e não é para meninos? Alverca-Benfica, Ríos não ficou por mostrar um segundo amarelo?””
Varandas também não poupou críticas à falta de indignação do Benfica em relação a lances do FC Porto, que muitos consideram ter favorecido o clube portista. ““Se quisesse usar a cartilha, o modus operandi, era muito fácil. Vamos ao FC Porto. Rio Ave-FC Porto, os golos de canto foram os dois legais? Há um que acho que não foi,””
declarou, sublinhando a sua posição de forma incisiva.
A Ascensão do Sporting
Ao analisar o futebol português, Varandas não hesitou em partilhar a sua visão sobre a ascensão do Sporting e os desafios que sente enfrentar. Ele afirmou: ““Disse aos meus jogadores que o bicampeonato foi uma ligeira convulsão para o futebol português. Se o tricampeonato acontecer, será um terramoto. Assusta muita gente, mas estas coisas alimentam ainda mais os nossos jogadores e a nossa vontade de ganhar.””
O presidente do Sporting destacou que o clube se sente confortável na posição de alvo a abater. ““Há 40 anos que lutávamos por isto, ser o alvo a abater. Sentimo-nos confortáveis, gostamos de estar nesta posição e estamos a pensar ficar aqui mais algum tempo.””
Compromisso com a Verdade
Em uma reafirmação do seu compromisso com a verdade no desporto, Varandas afirmou: ““Juro pela saúde dos meus filhos: muitas vezes vou para um jogo e não sei quem é o árbitro. Geralmente só no dia do jogo é que sei quem é o árbitro. Esta é a forma como entendemos que deve ser o futebol.””
As suas palavras não só refletem a intensidade da rivalidade entre os clubes, mas também a determinação do Sporting em manter uma postura de independência e integridade no desporto.
Desafios Futuros
Com o tricampeonato à vista e a pressão em crescendo, Varandas promete uma luta contínua pelo respeito e pela verdade no futebol nacional. O presidente leonino continua a liderar o Sporting numa fase crucial da sua história, consciente de que o caminho à frente está repleto de desafios e adversários.
O Sporting, sob a liderança de Frederico Varandas, procura não apenas a vitória dentro de campo, mas também a afirmação como uma força respeitada e respeitável no futebol português.