Jeremiah St. Juste quebra silêncio sobre despromoção

  1. St. Juste informado pela imprensa
  2. Desiludido com a direcção do clube
  3. Aguardo negociações com Union Berlim
  4. Promete orgulho na equipa B

Jeremiah St. Juste, defesa-central neerlandês do Sporting, recentemente quebrou o silêncio sobre a sua controversa situação no clube, revelando ter sido informado sobre a sua despromoção para a equipa B através da imprensa. “Hoje, treinei feliz com os meus companheiros de equipa. Mas, quando cheguei em casa, fui inundado de mensagens. Pela imprensa, li que tinha sido enviado para a equipa B. Descobri isso pelos jornais,” afirmou St. Juste numa contundente publicação.

O jogador, que tem contrato com o Sporting até ao final da temporada, mostrou-se desiludido com a maneira como a direção tratou o seu caso. O central de 28 anos partilhou que no início da janela de transferências, o clube o tranquilizou, dizendo que o treinador contava com ele: “No início da janela de transferências, o clube disse-me que eu não precisava de sair porque o treinador queria contar comigo nesta temporada. Mas, quando a temporada começou, de repente, não fui incluído no plantel.”

Propostas e Negociações

Além disso, St. Juste esclareceu que, apesar de ter várias propostas, ficou claro que o Sporting só aceitou negociar com o Union Berlim. O jogador afirmou: “Com vários clubes alemães, cheguei a um acordo pessoal, mas o Sporting só aceitou termos com o Union Berlin. Tive as malas prontas durante uma semana, à espera de luz verde para viajar.”

Esta situação levanta a questão da transparência nas negociações e da comunicação entre jogadores e a direção. St. Juste expressou a sua frustração por ter sido apanhado de surpresa e por não ter recebido notificação direta antes da divulgação na imprensa.

Avisos da Direção

Frederico Varandas, presidente do clube, abordou a situação explicando a necessidade de gerir o plantel com prudência. Ele declarou: “Confiamos e acreditamos muito no nosso treinador e acreditamos muito neste sistema em que o treinador joga. Foi para jogar neste sistema que fomos buscar este treinador há um ano. Neste sistema jogamos com dois centrais e, à data de hoje, temos cinco centrais. Segundo a hierarquia técnica do treinador, o St. Juste é o quinto central. E não faz sentido ter na equipa A um quinto central com o salário que tem o St. Juste.”

Varandas também fez questão de esclarecer que a decisão não foi pessoal, mas sim estratégica, sublinhando a importância de uma gestão eficiente da folha salarial da equipa e a manutenção de um plantel coeso.

Sentimentos do Jogador

St. Juste também expressou a sua tristeza por ter que passar para a equipa B após ter investido um ano no clube. Na sua declaração, ele mencionou a importância da sua família, especialmente por estar à espera do nascimento da sua filha, que o fez ponderar sobre ficar em Lisboa. “Expliquei que agora havia uma grande chance de eu ficar, especialmente porque a minha filha está prestes a nascer aqui em Lisboa, algo muito importante para mim.”

Ele demonstrou respeito pelo clube e enfatizou que iria representar a equipa B com orgulho: “Eu posso curvar-me, mas nunca vou quebrar. O verde e o branco correm nas minhas veias, por isso vestirei a camisola da equipa B com orgulho.”

Reflexão sobre o Futuro

Varandas finalizou a conversa com considerações sobre outros jogadores e a gestão da folha salarial, garantindo que não há problemas pessoais com o central: “Não há qualquer problema pessoal com o St. Juste.” Assim, o futuro de St. Juste, agora na equipa B, levanta questões sobre como a gestão de recursos humanos no futebol pode impactar jogadores e suas carreiras.

A situação de St. Juste é um lembrete das complexidades do futebol profissional, onde decisões de gestão podem afetar profundamente a vida e a carreira de um atleta. A continuidade da sua história no Sporting ainda está por definir, mas a sua determinação em dar o seu melhor, independentemente da equipa, é admirável.