Nuno Lobo, ex-candidato à presidência da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), manifestou a sua disposição para validar as acusações feitas por Luís Filipe Vieira sobre Pedro Proença. “Desta forma, e porque pelo menos um dos pontos mencionados durante a entrevista reveste a forma de crime público, cumpre-me informar que estou e estarei, inteira e totalmente, disponível para prestar declarações, logo que a Procuradoria-Geral da República e o Ministério Público instaurem o competente processo de inquérito, que se impõe”
, afirmou Lobo em comunicado enviado à Lusa.
As declarações de Lobo surgem na sequência de alegações de Vieira sobre um aliciamento para que este deixasse a corrida eleitoral em troca de uma promessa relacionada a Proença. Nuno Lobo declarou: “Resta-me acrescentar que de tudo quanto li e ouvi das declarações de Luís Filipe Vieira -- e que possam dizer-me respeito -- nada há que careça de correção ou desmentido da minha parte”
.
A denúncia das manobras eleitorais
O advogado não hesita em criticar as “manobras e atropelos de ética duvidosa, alguns, outros ilegais”
que marcaram o processo eleitoral de sucessão a Fernando Gomes na FPF. Lobo apela às autoridades para que ajam sobre os acontecimentos, sublinhando a necessidade de uma investigação adequada.
O ex-presidente da Associação de Futebol de Lisboa frisou: “Da mesma forma, e porque a FPF é uma entidade detentora do estatuto de utilidade pública desportiva, estarei, igualmente, disponível para ser ouvido, pela tutela do Governo da República, bem como pelo Instituto Português do Desporto e Juventude, esclarecendo o que entenderem, por bem, em relação à matéria em causa”
.
Reação da FPF às acusações
Vale lembrar que Pedro Proença foi eleito o 32.º presidente da FPF a 14 de fevereiro, com 75% dos votos. A FPF, em resposta às acusações, reafirmou a sua credibilidade, afirmando que não admite a possibilidade de a mesma ser colocada em causa. “Em conformidade com o exposto, a FPF e o seu presidente reservam-se ao direito de utilizar todos os meios legais disponíveis para defender o seu bom-nome, credibilidade e honorabilidade sempre que os mesmos sejam colocados em causa”
, menciona o comunicado da FPF.
Recentemente, o Ministério Público instaurou um inquérito contra Luís Filipe Vieira por alegada difamação. A Procuradoria-Geral da República confirmou a conclusão do inquérito, que foi originado por uma queixa de difamação e denúncia caluniosa. Nuno Lobo, que não se manifestou antes por respeito ao falecido Jorge Costa, antigo futebolista e dirigente do FC Porto, reiterou a sua disponibilidade para qualquer esclarecimento.
Disponibilidade para esclarecimentos
O advogado concluiu: “Estou, igualmente, disponível para prestar os esclarecimentos necessários, no âmbito de um outro processo-crime que, segundo o que pude ler e ouvir na imprensa, já foi iniciado por denúncia/queixa (não por iniciativa do MP)”
. Esta posição reflete a sua intenção de colaborar com as autoridades na busca da verdade sobre os eventos que rodeiam a recente contenda na FPF.
A situação continua a evoluir, e tanto a FPF quanto os envolvidos estão determinados em proteger a integridade das suas instituições. Assim, todas as partes aguardam os desdobramentos das investigações em curso.