Gyökeres e Quaresma Refletem Sobre Mudanças no Sporting e Desafios Pessoais

  1. Viktor Gyökeres foi criticado pela sua forma física no início da época.
  2. Rúben Amorim teve uma saída emocional do Sporting, afetando os jogadores.
  3. Eduardo Quaresma foi um dos jogadores que mais sentiu a saída de Rúben Amorim.
  4. O jogo no Estádio da Luz foi um ponto de virada para o Sporting antes de se sagrar campeão.

A complexidade das mudanças no Sporting, tanto a nível pessoal como coletivo, veio à tona numa conversa recente entre Viktor Gyökeres e Eduardo Quaresma. Ambos os jogadores refletiram sobre os desafios que enfrentaram, com Gyökeres a recordar as críticas iniciais e Quaresma a evidenciar o impacto emocional da saída de Rúben Amorim.

A resiliência de Gyökeres, especialmente após a operação ao joelho, tem sido notável. O avançado sueco tem demonstrado a sua capacidade de superar adversidades e afirmar-se no clube de Alvalade.

Superando Críticas e Afirmando-se

Viktor Gyökeres recordou o início da temporada, marcado por algumas críticas: “Acho que até me chamaram gordo quando cheguei à primeira pré-época. Há sempre isso. Só tenho de me afirmar para dar boas manchetes.” A sua resposta em campo tem silenciado os críticos e demonstrado o seu profissionalismo e foco.

A adaptação ao novo estilo de Rui Borges também foi um desafio, mas Gyökeres tem conseguido manter o seu elevado nível de performance, sendo uma peça fundamental no ataque leonino.

O Impacto da Saída de Rúben Amorim

A saída de Rúben Amorim foi um momento difícil para a equipa, segundo Gyökeres: “Era algo que nós, enquanto jogadores, não queríamos. Estávamos a voar. Foi um momento triste, mas compreendemos a decisão. Não houve ressentimentos.” A ligação emocional entre o plantel e o ex-treinador era forte, e a transição foi sentida por todos.

Eduardo Quaresma descreveu o impacto da despedida de Amorim de forma ainda mais intensa: “Tivemos uma reunião e ele disse-nos 'malta, ainda não sei de nada, por favor confiem em mim' e eu 'ok, tranquilo, confio em ti, sempre confiei'. No jogo a seguir diz-nos 'vou-me embora' e depois ainda se mantém durante 3 ou 4 jogos. Isso ainda é mais difícil. Eu só dizia 'vai-te embora'. Quando ele se foi embora acho que fui o que mais chorou.” As palavras de Quaresma ilustram a profundidade da relação entre o treinador e os jogadores.

O Momento de Virada e a Resiliência da Equipa

Gyökeres identificou o jogo no Estádio da Luz como um momento de virada crucial para a equipa: “Estávamos prontos para provar o nosso valor. Talvez não tenhamos jogado como queríamos, mas foi um ponto importante. No jogo seguinte, fomos campeões.” Este episódio sublinha a importância da resiliência e da capacidade de superação em momentos decisivos.

A conquista do título nacional demonstrou a força mental e a união do grupo, que soube reagir às adversidades e alcançar o objetivo.

Foco no Futuro e a Camaradagem no Balneário

Com a corrida pela Bota de Ouro em destaque, Gyökeres mantém a serenidade: “Tento não pensar nisso. Claro que se pudesse mudar as regras mudaria, mas não está nas minhas mãos.” O avançado sueco está focado em dar o seu melhor e continuar a marcar golos.

Sobre o futuro, Gyökeres deixou a porta aberta: “Vamos ver. O futebol é assim. Nunca se sabe o que vai acontecer. Prometo continuar a melhorar e a marcar golos.”

Eduardo Quaresma, com humor, abordou a pressão e a popularidade de Gyökeres: “Não sei se o vamos perder. Ainda não se sabe. Eu acredito que sim, mas pronto. É difícil porque pontas-de-lança como ele há muito poucos. Estou cansado do Viktor, é muito bom. Muita camisola para assinar, pedem-me ‘chama o Viktor’. Chego ao balneário, já não consigo olhar para ele. É cinco estrelas.” Esta interação reflete a boa disposição e a camaradagem que prevalecem no balneário leonino.