O treinador do Sporting, Rui Borges, fez a antevisão do tão aguardado dérbi contra o Benfica, agendado para este sábado. “Estamos onde queremos e onde este clube tem de estar, que é nas decisões finais, a tentar conquistar troféus. Temos de estar felizes com isso. São dois resultados, mas focamo-nos apenas no que podemos controlar para vencer, nada mais do que isso, como em qualquer outro jogo. Não fugimos à importância do jogo, pode dar a conquista do campeonato para ambas as equipas, e temos de pensar nesse aspeto, mas focamo-nos no que temos de fazer para contrariar o adversário e vencer o jogo. Olhamos para este jogo como outros, para tentar vencer, dentro das dificuldades que vamos encontrar,” disse Borges, enfatizando a importância do encontro.

A motivação da sua equipa parece estar em alta, como alertou o técnico: “Vejo a equipa motivada, com vontade enorme de entrar em jogo.” Rui Borges tem conhecimento das dificuldades que esperam a sua equipa, mas sente que a sua formação está pronta para o desafio. Contudo, a pressão é um fator que não pode ser ignorado. “A ansiedade do jogador ou da equipa... não conseguimos controlar. Vai ser perceber quem vai lidar melhor ou não com a pressão. Temos de estar bem organizados para anular os pontos fortes do Benfica da melhor forma,” acrescentou.

Desafios do Benfica

Do lado do Benfica, a pressão também é significativa. O ex-guarda-redes das águias, Quim, recordou como a experiência do famoso treinador Giovanni Trapattoni foi crucial em momentos como este. Ele afirmou: “Durante a semana anterior, ele tentou equilibrar os jogadores a nível emocional, para encararem o dérbi como um jogo normal. Um jogador com medo de errar está mais perto de errar.” Quim acredita que Bruno Lage, atual treinador, também tem as ferramentas necessárias para levar a equipa ao sucesso: “Saberá, com certeza, preparar os seus jogadores para qualquer receio que possa haver dentro do plantel.”

A chave, para Quim, está na força coletiva da equipa. “Acredito que, se todos remarem para o mesmo objetivo, o Benfica poderá vencer o jogo. Não podemos estar à espera que o Pavlidis ou o Akturkoglu possam resolver.” Essa perspectiva de unidade é vital nesta fase. O antigo jogador recordou a relação dos adeptos com a equipa na época de 2004/05: “Na semana antecedente ao dérbi, todos falavam do jogo, não só dentro do centro de estágio, mas também fora. Sempre que encontrávamos adeptos do Benfica, sentia que eles, mais do que ninguém, queriam ser campeões nacionais.”

Pressão e Expectativas

Com a pressão montando para o dérbi, Rui Borges está ciente das implicações e da responsabilidade do encontro. Questionado se uma eventual derrota poderia significar a sua saída do clube, Borges respondeu: “Estou focado no jogo, isso nem é tema para mim. O caminho que queremos é ser capazes de ultrapassar o adversário, vencer e sermos bicampeões. O foco de todos é esse.”

O dérbi promete ser um jogo intenso, onde cada jogador deve brindar ao seu máximo para ajudar a sua equipa. Quim, com as suas lembranças de um passado vitorioso, e Rui Borges, com a sua determinação para o presente, ambos preveem um espetáculo que pode decidir destinos de campeonato.

Um Momento Decisivo

As duas equipas estão preparadas para dar tudo em campo e os adeptos anseiam por uma vitória para celebrar. Não resta dúvida de que o dérbi de Lisboa será um momento histórico e decisivo para ambos os clubes.