Edson Valencia: Do horror da guerra em Israel à superação na construção civil

  1. Edson Valencia jogou voleibol no Sporting CP.
  2. Valencia jogou como oposto no Viana do Castelo após a pandemia.
  3. Valencia trabalhou na construção civil durante a pandemia.
  4. Valencia jogou em Israel quando eclodiu a guerra.

O resiliente Edson Valencia, atleta do Sporting CP, abriu o coração numa entrevista reveladora, partilhando os momentos mais desafiantes da sua carreira. Desde adaptações forçadas a novas posições em campo até aos obstáculos impostos por conflitos internacionais e a pandemia global, Valencia demonstra uma capacidade notável de superação.


Atualmente a brilhar no Sporting CP, o experiente voleibolista recorda com humildade as experiências marcantes que moldaram a sua trajetória profissional e pessoal, revelando a paixão e a garra que o impulsionam a cada novo desafio.


A Proposta Irrecusável de Israel e o Confronto com a Guerra


A transferência para Israel surgiu como uma oportunidade única, impulsionada pelo seu desempenho de destaque nos Açores e nas competições europeias. Valencia relembra que, apesar de o campeonato israelita não ser tecnicamente superior ao português, representava um avanço financeiro significativo, crucial para o futuro da sua família. No seu último ano no Bastardo, Valencia brilhou como oposto, especialmente nas meias-finais das competições europeias contra o Maccabi, onde acredita ter marcado mais de 30 pontos com grande eficácia.


A adaptação a Israel começou de forma promissora, com boas condições de vida em Tel Aviv. Contudo, uma semana após a sua chegada, a guerra irrompeu. Valencia descreve o momento em que as sirenes soaram pela primeira vez: «Estava tranquilamente deitado, no sofá, descontraído, quando começaram a tocar as sirenes.» Inicialmente, desvalorizou o alarme, mas a persistência das sirenes levou-o a investigar. Ao perceber o pânico dos vizinhos a correr para um bunker, Valencia seguiu-os, descrevendo a experiência como um choque.


A Vida Sob o Terror das Sirenes e a Decisão de Regressar


A partir desse momento, a guerra tornou-se uma constante na sua vida diária. Valencia enfrentou dificuldades para dormir, mantendo sempre o passaporte e dinheiro consigo, preparado para uma fuga a qualquer instante. A situação era insustentável, levando-o a comunicar a sua situação à equipa. Após conseguir regressar a Portugal num voo comercial, Valencia voltou a Israel, habituando-se gradualmente às sirenes e aos abrigos. Os treinos eram frequentemente interrompidos, mas com o tempo, as coisas normalizaram-se. Valencia foi ainda emprestado a uma equipa francesa, o Narbonne, antes de regressar a Israel para terminar o campeonato, onde conquistou títulos.


O Regresso a Portugal e o Desafio Aliciante no Sporting CP


O convite para regressar a Portugal, feito por João Coelho, não foi fácil de aceitar devido às diferenças financeiras entre Israel e Portugal. Valencia, com 38 anos, ambicionava um campeonato menos exigente, mas com melhores condições financeiras. No entanto, a persistência de João Coelho, que conhecia o seu espírito competitivo e o desejo de ser campeão, convenceu-o a regressar. Valencia afirma que não se arrepende da decisão, encarando-a como a melhor possível e comprometendo-se a ir até ao fim.


A Inesperada Aventura na Construção Civil Durante a Pandemia


A pandemia de Covid-19 surpreendeu Edson Valencia em Guimarães, impedido de regressar a casa e sem atividade desportiva. Para garantir o sustento da sua família, Valencia aceitou um desafio completamente novo: trabalhar na construção civil. Recorda que a sua versatilidade, desenvolvida desde a juventude na Venezuela, foi crucial para enfrentar este período difícil.


Valencia recorda que um telefonema de um amigo o levou a trabalhar nas obras da casa da irmã deste. Sem jogos e impossibilitado de voltar ao seu país, Valencia viu nesta oportunidade a única forma de garantir o sustento da família. «Saía às sete da manhã e regressava a casa às 19h00, 20h00 e era o dia todo com o martelo na mão», recorda, detalhando o quão exaustivo era o trabalho. No entanto, a necessidade de prover para a família superava o cansaço físico.


A Superação Através do Trabalho Manual e a Ausência do Voleibol


Valencia recorda um episódio em que teve de construir um muro sozinho, sem experiência prévia. A ansiedade da noite anterior foi substituída pela satisfação de ver o trabalho concluído. Durante este período, Valencia não pensava no voleibol, focando-se apenas em garantir o sustento da família. A experiência foi, segundo ele, um período de grande aprendizagem.


A Polivalência Nascida no Decatlo e a Paixão pelo Desporto


Edson Valencia partilha que, antes de se dedicar ao voleibol, praticava decatlo na Venezuela. Apesar de não se considerar um atleta exemplar, o atletismo ensinou-lhe lições valiosas sobre atitude e superação. Valencia recorda os treinos intensos e os ensinamentos dos seus treinadores, que o incentivavam a ter uma atitude de campeão. «Eles estavam sempre a dizer: «Edson, um campeão tem de ter atitude.»», recorda. O atletismo ajudou-o a moldar o seu carácter e a enfrentar os medos.


Valencia recorda com carinho o lançamento do dardo, modalidade em que o treinador o incentivava a gritar para libertar a tensão. Apesar de se sentir inicialmente ridículo, Valencia descobriu que o grito o ajudava a exteriorizar emoções e a melhorar o seu desempenho. «Na minha cabeça foi como se estivesse a ganhar uma medalha olímpica!», exclama, descrevendo a sensação de bem-estar que sentiu após o primeiro grito.


A Transição para Oposto e a Redescoberta do Voleibol em Viana do Castelo


Após a pandemia, Edson Valencia regressou ao voleibol através de uma oportunidade no Viana do Castelo. Inicialmente central, Valencia teve de se adaptar à posição de oposto devido à falta de vagas na sua posição original. A mudança foi um desafio, mas Valencia aceitou-o de bom grado. «Quem tem medo de viver?!», questiona, demonstrando a sua atitude destemida perante os desafios. Valencia expressa a sua gratidão ao treinador que lhe deu a oportunidade de jogar como oposto, reconhecendo o risco que este correu ao contratar um jogador fora da sua posição habitual.


Valencia revela que gostou mais de jogar como oposto no Viana do que de participar nos Jogos Olímpicos. O clube minhoto ocupa um lugar especial no seu coração, tanto que tem a camisola daquele ano emoldurada em casa. A experiência no Viana foi um desafio diário, transformando a sua forma de jogar e permitindo-lhe descobrir novas paixões no voleibol.


Valencia conclui a entrevista refletindo sobre a sua trajetória, desde os tempos difíceis na Venezuela até ao sucesso no voleibol europeu. A sua história é um exemplo de resiliência, adaptação e paixão pelo desporto.

Moreirense e Rio Ave preparam-se para embates desafiantes contra Boavista e Benfica

  1. Cristiano Bacci, treinador do Moreirense, reencontra o Boavista e espera um jogo de luta.
  2. Bacci desvalorizou os empates recentes e mostrou-se confiante nas vitórias futuras.
  3. Petit, treinador do Rio Ave, antecipa um jogo difícil contra o Benfica, mas garante que a equipa está pronta.
  4. Petit destacou o crescimento do Rio Ave e analisou o estilo de jogo do Benfica.

Nacional e Casa Pia disputam jogo crucial na Liga

  1. Tiago Margarido elogiou a equipa do Casa Pia
  2. João Pereira reconheceu a necessidade de dar uma resposta após as derrotas
  3. Nacional não poderá contar com Ivanildo Fernandes, Miguel Baeza e Zé Vítor
  4. Casa Pia quer manter a boa posição na tabela

Lito Vidigal mantém-se determinado em assegurar a permanência do Boavista na Liga Bwin

  1. Lito Vidigal confiante que o Boavista vai conseguir manter-se na Liga Betclic
  2. Técnico destaca maior identificação dos jogadores com o clube e com a situação atual
  3. Equipa do Boavista tem trabalhado com critério e organização para recuperar jogadores lesionados
  4. Boavista ocupa atualmente o último lugar da classificação, a 13 pontos do Moreirense

Rúben Dias Fala do Momento do City, Estrela Luta Pela Permanência

  1. Rúben Dias: «Provavelmente esta época estamos a pagar o preço de todas as emoções que vivemos nos anos anteriores»
  2. José Faria: «O Vitória para mim, atualmente, tem claramente dimensão de clube grande»
  3. José Faria: «Não há decisões nesta jornada. Isto é tudo muito equilibrado»
  4. Estrela (16º, 23 pontos) visita Vitória de Guimarães (6º, 38 pontos) às 20h30 de domingo.

Vasco Seabra reencontra o ex-clube Estoril com o Arouca

  1. Vasco Seabra deixou o comando técnico do Estoril há 10 meses
  2. Estoril está num bom momento, com apenas 1 derrota nos últimos 10 jogos
  3. O médio Jordan Holsgrove é uma das principais referências do Estoril
  4. O veterano Pedro Moreira, com 36 anos, ainda não se estreou esta época devido a lesões

Demir Tiknaz, a estrela turca emprestada do Besiktas ao Rio Ave

  1. Demir Tiknaz, emprestado pelo Besiktas ao Rio Ave, tem sido uma das figuras em destaque na equipa vila-condense
  2. Tiknaz, de apenas 20 anos, foi recentemente convocado para a seleção da Turquia
  3. Aguilera, companheiro de equipa de Tiknaz no Rio Ave, também foi chamado à seleção da Costa Rica
  4. Petit elogiou o crescimento individual de Tiknaz e a evolução de Aguilera

Petit acredita que Rio Ave pode dar "boa resposta" ao líder Benfica

  1. O Rio Ave recebe este domingo o líder Benfica na 26ª jornada da Liga Portugal Bwin
  2. O treinador do Rio Ave, Petit, acredita que a sua equipa pode dar uma 'boa resposta' ao líder Benfica
  3. Petit reconhece o favoritismo do Benfica, mas destaca que o jogo é em casa do Rio Ave
  4. Petit afirma que a juventude do plantel do Rio Ave, com média de 23 anos, não é um problema