A Premier League pode estar à beira de um marco histórico, com a possibilidade de ter um número recorde de 11 clubes a competir nas provas europeias na temporada 2025/26. Este cenário, embora altamente improvável, surge como uma possibilidade matemática, dependendo de uma combinação específica de resultados e desempenhos em diferentes competições.

A complexa teia de qualificações para as competições europeias, combinada com o desempenho dos clubes ingleses, abre a porta para este cenário inédito, que colocaria a Premier League num patamar ainda mais elevado no panorama do futebol europeu.

A Luta Pelos Lugares na Champions League

Atualmente, a Premier League tem direito a quatro vagas diretas na fase de grupos da UEFA Champions League, destinadas aos quatro primeiros classificados. No entanto, a introdução da regra do «Desporto de Rendimento Europeu» (EPS) pela UEFA abre a porta para que o quinto classificado também possa garantir um lugar na competição, caso a Inglaterra termine entre os dois primeiros países no ranking de coeficiente da UEFA.

No limite, a Premier League pode ter até sete representantes na principal competição europeia de clubes. Isto aconteceria se um clube inglês vencesse a UEFA Champions League, mas não terminasse entre os cinco primeiros do campeonato, como é o caso do Aston Villa. O Arsenal está praticamente garantido entre os cinco primeiros, ficando fora desta equação. O Manchester United e o Tottenham mantêm a esperança de qualificação para a Champions League através da conquista da UEFA Europa League.

O Papel da UEFA Europa League e Conference League

O sexto classificado da Premier League (caso os cinco primeiros garantam presença na Champions League) qualifica-se diretamente para a UEFA Europa League. O sétimo classificado, por sua vez, disputaria a UEFA Conference League na época seguinte.

A nova regra do EPS, permite que haja mais equipas na Champions e consequentemente, mais equipas, por arrasto, nas outras competições europeias. O Chelsea, por exemplo, mesmo que não termine a liga entre os clubes diretamente qualificados, pode beneficiar um clube mais abaixo na tabela se vencer a Conference League.

A Influência das Taças Nacionais

As taças nacionais, FA Cup e League Cup, também desempenham um papel crucial na definição das vagas europeias. O vencedor da Taça da Liga inglesa garante um lugar nos play-offs da UEFA Conference League. Já o vencedor da Taça de Inglaterra conquista uma vaga na UEFA Europa League.

Contudo, se os vencedores destas taças já estiverem qualificados para as competições europeias através da sua classificação na Premier League, a vaga é transferida para a equipa seguinte na tabela classificativa. Este fator aumenta a complexidade do cenário e abre a possibilidade para que mais clubes da Premier League possam sonhar com a Europa.

O Cenário de 11 Clubes: Uma Possibilidade Remota

Para que o 11.º classificado da Premier League se qualifique para as provas europeias, seria necessário que o Liverpool e o Newcastle, finalistas da Taça de Inglaterra, terminassem o campeonato entre os clubes já qualificados. Outra possibilidade seria o Chelsea vencer a UEFA Conference League.

Este cenário, embora improvável, abriria uma vaga adicional para o 11.º classificado, atualmente ocupado pelo Crystal Palace. A concretizar-se, a Premier League teria sete clubes na UEFA Champions League, três na UEFA Europa League e um na UEFA Conference League.

João Almeida e um Triunfo Histórico na Paris-Nice

Noutro tópico, mas não menos relevante, o ciclismo português celebrou um feito histórico com a vitória de João Almeida na quarta etapa da Paris-Nice. O ciclista da UAE Emirates tornou-se o primeiro português a conquistar uma etapa na prestigiada prova francesa, superando o favorito Jonas Vingegaard.

Após a etapa, Vingegaard, bicampeão do Tour de France, admitiu a superioridade de Almeida, afirmando, com um sorriso, que o português o fez parecer «ridículo». Este reconhecimento, captado em vídeo, demonstra a dimensão do feito alcançado por João Almeida. Os fãs chegaram mesmo a apelidar o português de «GOAT» (Greatest Of All Time).