Apesar de ter terminado a fase de grupos da Liga dos Campeões de forma positiva, garantindo a passagem aos play-offs da competição e embolsando 50 milhões de euros, o presidente do Sporting, Frederico Varandas, reconheceu que ficou um "sentimento amargo" por não terem conseguido discutir a qualificação para a próxima fase.
Varandas explicou que a principal razão para este desfecho se deve ao facto de o plantel ter sido construído e ajustado ao sistema de jogo do antigo treinador, Rúben Amorim, que entretanto saiu, deixando o grupo desadequado à nova abordagem tática.
Plantel desajustado à nova abordagem tática
Temos de recuar uns meses, o plantel foi construído pelo treinador na altura, ajustado para o sistema de jogo do treinador, um plantel que se foi aperfeiçoando em 4 épocas com o treinador, talhado para o sistema de jogo do treinador. Podemos dizer que foi um plantel que sempre deu bons resultados do ponto de vista competitivo. E, de facto, este ano por várias circunstâncias, mudando como houve, a mudança de treinador, é um plantel ajustado a um sistema de jogo que hoje não se aplica. Não queríamos que assim fosse, mas assim é, explicou o presidente.
Confiante na luta pelo título
Apesar das limitações, o Sporting lidera o campeonato nacional e Varandas mostrou-se confiante na luta pelo título, destacando o trabalho da atual direção.
Sou sócio desde que nasci e militante na vida do clube. Acompanhei sempre o Sporting, em casa e fora. Em 40 anos, antes de chegar aqui, celebrei dois títulos. Desde que chegámos aqui, celebrámos dois, fora as taças, modalidades, etc. Esta responsabilidade é da Direção. De tudo. Bicampeonato? Se não houve a responsabilidade é nossa, mas essa palavra pertencia ao nosso mundo imaginário. Hoje, somos candidatos a ganhar, não só com responsabilidades, uma equipa grande... Estamos em primeiro e quando olho para o peito vejo o símbolo de campeão. É trabalho desta Direção.
Mercado de inverno condicionado
No que diz respeito ao mercado de inverno, Varandas admitiu que gostaria de reforçar a equipa com 30 a 40 milhões de euros, mas reconheceu que a realidade financeira do clube não o permite.
Janeiro é um mercado difícil e muito caro e trazer por trazer não vale a pena. Nós não tínhamos capacidade financeira para isso, afirmou.