Viktor Gyokeres, avançado do Sporting, tem sido alvo de muita atenção mediática, não pelos golos que vinha marcando, mas sim pela sua condição física. O internacional sueco não se encontra a 100% e tem sido gerido com cuidado pela equipa técnica.
Desde a final da Taça da Liga, a 11 de janeiro, Gyokeres não completou nenhum jogo inteiro pelo Sporting. Nos últimos sete jogos, o jogador cumpriu muito menos tempo em campo, entrando muitas vezes apenas na segunda parte. Rui Borges, treinador dos leões, tem falado repetidamente na gestão do avançado, que sofre de fadiga muscular.
Opinião de especialistas
Para tentar perceber melhor a situação, A BOLA ouviu dois médicos especialistas em medicina desportiva. Rui Miller explicou que, «se Gyokeres está autorizado a jogar, é porque a lesão está debelada, não devendo agravar-se, embora possa não estar na melhor condição física. "Um atleta que esteja parado, por muito pouco tempo que seja, quando recomeça a atividade nunca está a 100%"», afirmou.
Já José Martel, médico que trabalhou no UD Leiria, referiu que a decisão de utilizar um jogador em gestão é normalmente tripartida, entre departamento técnico, médico e o próprio jogador. «Um bom departamento médico tem de falar muito com o treinador e com o jogador, dizendo há este risco de acontecer alguma coisa», salientou.
Decisão conjunta
Rui Borges deixou claro que as decisões sobre a utilização de Gyokeres são tomadas em conjunto pela equipa técnica, departamento médico e o próprio jogador, com o foco no que é melhor para a equipa. O treinador admitiu que, apesar de todos desejarem ver o sueco a jogar 90 minutos, é preferível tê-lo em campo durante 30 minutos do que não o ter.
Questionado sobre a possibilidade de Gyokeres parar para se restabelecer a 100%, o consultor de comunicação António Cunha Vaz considerou que o Sporting deveria vir a público esclarecer que não há nenhum segredo em torno da situação do jogador, que não tem nenhuma lesão especial, apenas uma questão de gestão da carga de trabalho.