Um jogo intenso e difícil de arbitrar
O dérbi entre Sporting e Benfica terminou com a vitória dos leões por 1-0, num jogo intenso e difícil de arbitrar. O trabalho do árbitro Fábio Veríssimo e da sua equipa de arbitragem foi analisado em detalhe por Duarte Gomes, especialista em arbitragem.
«O árbitro Fábio Veríssimo e a sua equipa de arbitragem tiveram um trabalho muito competente em jogo intenso e difícil de arbitrar», considera Duarte Gomes, «demonstrando coerência e assertividade na maioria das suas decisões».
Lances de interpretação na área do Benfica
Aos 16 minutos, houve um lance de interpretação na área do Benfica, quando Quenda caiu após contacto de Bah. Segundo Duarte Gomes, não houve infração, uma vez que «o facto do jovem jogador ter arrastado a ponta do pé direito no relvado (sinal que preparou/antecipou a queda) e a forma como saltou, a dois pés, para o solo» indicam que não houve causa-efeito nem proporção entre o toque e a forma de cair.
Aos 27 minutos, quando Otamendi caiu no relvado após um lance aéreo, não ficou claro se atingiu ou não o pé de Geny Catamo. Neste caso, Duarte Gomes considera que o árbitro «beneficiou da dúvida».
Validação de golos e infrações
Aos 19 minutos, um cabeceamento de Quenda bateu no ombro esquerdo de Florentino, e não no braço, tendo sido bem avaliado pela equipa de arbitragem.
Aos 29 minutos, o golo de Catamo, após passe de Gyokeres, foi validado corretamente, uma vez que, no momento do remate, o avançado sueco estava momentaneamente fora do terreno de jogo, mas não interferiu na jogada.
Protestos e emoções
Aos 34 minutos, Otamendi foi advertido com justiça por protestar a decisão do árbitro, uma vez que «o estatuto de capitão não confere ao seu titular o direito de protestar decisões».
Aos 58 minutos, Bah foi advertido corretamente por protestar com o árbitro, uma vez que «o controlo das emoções é fundamental, sobretudo em jogos onde estas podem ser testadas».
Faltas e lances duvidosos
Aos 25 minutos, Quaresma carregou Amdouni perto da área do Benfica, tendo o árbitro assinalado corretamente o pontapé livre para a equipa encarnada.
Aos 38 minutos, Duarte Gomes considera que o assistente deveria ter visto a rasteira de Carreras sobre Catamo, salientando que «é fundamental que os colegas de campo estejam sempre preparados para dar o melhor apoio ao chefe de equipa».
Aos 77 minutos, Kokçu deveria ter sido advertido por agarrar e tocar no pé de Gyokeres, impedindo-o de se manter na jogada.