O antigo defesa do Sporting, Tonel, afirmou que já esperava que a equipa de futebol do clube sentisse dificuldades após a saída do treinador Ruben Amorim, reconhecendo a «herança pesada» de João Pereira, a quem tem faltado a «felicidade» que Amorim tinha.
Tonel, que jogou no Sporting entre 2005/06 e 2009/10, elogiou as qualidades de Ruben Amorim, mas explicou que o técnico também tinha «pé quente», algo que não tem acontecido com João Pereira, que foi promovido da equipa B para a equipa principal.
Dificuldades após a saída de Amorim
«Existe turbulência, o que eu considero normal. Com a saída do Ruben Amorim, que fez um grande trabalho, a herança era pesada e já acreditava que quem viesse iria sentir problemas. Eu já esperava um período de dificuldade e está a acontecer», disse o antigo defesa central, em declarações à agência Lusa.
O Sporting não sofria três derrotas seguidas desde a época 2019/20, quando foi batido por PSV Eindhoven (3-2), na Liga Europa, Famalicão (2-1), na I Liga, e Rio Ave (2-1), na Taça da Liga, numa altura em que era orientado pelo interino Leonel Pontes.
Falta de «felicidade» de João Pereira
«Existem coisas no futebol que não se explicam. O Ruben Amorim é extremamente competente – não é por acaso que o United o veio buscar – e a sua qualidade não está em causa, mas o João Pereira também não tem tido a felicidade que o Amorim tinha, que era um treinador, como costumamos dizer, de pé quente», salientou Tonel.
Com o desaire frente ao Moreirense, os «verde e brancos» já igualaram o total do número de derrotas [duas] que sofreram no campeonato na época passada, em que chegaram ao título.
Futuro de João Pereira
«Está criado um cenário de grande dificuldade e os resultados dizem tudo. O João Pereira se continuar nesta senda negativa vai ter dificuldades em continuar no cargo, mas, como sempre, no futebol são os resultados que ditam», explicou Tonel, que foi colega de equipa do atual treinador nos «leões».
O antigo internacional luso considerou ainda que Ruben Amorim era uma «peça fundamental» em toda a estrutura do Sporting, mas salientou que os «leões» já eram «grandes antes de Amorim e vão continuar a ser grandes».
