Não são o resultado e a exibição paupérrimos com o Arsenal que mais afligem. Não por terem acontecido com João Pereira, mas, sim, por já não terem ocorrido com Ruben Amorim.
«O legado de Ruben Amorim. Não fica nada de positivo da partida com o Arsenal. Nadinha.»
É legítima a suposição de que, com o anterior treinador, as coisas poderiam ter sido diferentes. A equipa é a mesma, a estratégia pode ser idêntica e deveria esperar-se que a dinâmica deveria ser similar. Mas não há duas pessoas, não há dois treinadores iguais. E convenhamos, Amorim é único e diferenciado. O que fazem um líder nato é a aptidão, a capacidade, o talento para intervir, com sucesso, em cada momento. Quando as coisas estão a correr mal, ter a mestria para invertê-las. Isso tem-se ou não se tem.
«Não é ilegítimo crer-se que Ruben Amorim teria sido Ruben Amorim, a quem se reconhece talentos diferenciados únicos como treinador, como líder, e o desfecho do jogo com o Arsenal poderia seria outro. Menos mau ou bom, nunca se saberá.»
De qualquer modo, a imagem, o semblante, a linguagem corporal e o discurso de João Pereira na conferência de imprensa não foram positivos. O jovem treinador estava algo atarantado, e isso não é bom augúrio. Para o exterior, mas principalmente para dentro.