A chegada de Rúben Amorim ao Manchester United tem aumentado os rumores sobre o interesse dos red devils no jovem prodígio do Sporting, Geovany Quenda. De acordo com a imprensa, o emblema inglês prepara uma oferta de 60 milhões de euros, acrescida de bónus mediante o desempenho desportivo e individual do jogador, uma proposta que a Sporting SAD dificilmente ignorará.
Fábio Roque, antigo treinador adjunto das camadas jovens do Sporting, onde trabalhou entre 2012 e 2023, teceu rasgados elogios ao extremo de apenas 17 anos.
«Quenda é único»
«Quenda é único. Pode deixar uma marca no futebol que é totalmente diferente», começou por dizer Fábio Roque em declarações à Sky Sports. O antigo adjunto dos leões fez a comparação com outros jovens talentos, como Lamine Yamal e Bukayo Saka, mas ressaltou que Quenda é um jogador único.
«Entendo a comparação [com Lamine Yamal], mas Geo [Quenda] cobre muito mais espaço, é muito comprometido nos momentos e duelos defensivos. Joga tão bem ali [lateral] porque o espaço que cobre no campo é enorme. Exige muito de si próprio nos momentos defensivos, em termos de fechar, recuperar rapidamente e vencer duelos pelos seus colegas de equipa. Ele faz-me lembrar [Bukayo] Saka no início da sua carreira, quando jogava a lateral, mas Quenda é único, só existe um, é diferente de qualquer outro jogador que treinei.»
Da «história de que ele 'matou' toda a gente no treino»
O antigo adjunto dos leões recordou quando Quenda chegou à Academia Cristiano Ronaldo, em 2019, depois de ter passado pela formação do Benfica. «As pessoas contam a história de que ele 'matou' toda a gente no treino do Damaiense a jogar de calças de ganga. Não é normal, ele é esse tipo de miúdo.»
«A sua personalidade é uma das maiores razões»
Além da habilidade futebolística, Roque realçou a mentalidade de Quenda como um dos fatores-chave para o seu sucesso. «A sua personalidade é uma das maiores razões pelas quais ele está a fazer. O talento tem de estar lá, mas ter a capacidade de entender onde estás e ir em busca destes desafios a toda a hora é o que faz a diferença para Quenda. Ele não quer saber quem vai defrontar, pode estar a jogar contra o Manchester City em frente a 50 mil pessoas ou com amigos, vai jogar para ganhar.»