A célebre máscara com que Gyökeres festeja os golos já virou imagem de marca, mas também a forma como o goleador do Sporting ataca a profundidade é reconhecidamente uma das suas principais características, de tal forma que a federação de futebol da Suécia fez um artigo sobre essa qualidade do seu arsenal.
O avançado de 26 anos começou a trabalhar esse traço desde cedo e aperfeiçoou-o ao longo dos últimos anos, em especial no Sporting. «É algo que me sinto muito confortável em fazer. Sai-me naturalmente, acho que combina muito bem com o meu jogo», começou por referir Gyökeres, assumindo que por norma é um movimento difícil de parar. «Tem também a ver com 'feeling' e timing. Muitas vezes dá resultado...», atirou, com um sorriso.
Antes de entrar em campo esta terça-feira, diante do Azerbaijão de Fernando Santos, também o selecionador dos nórdicos, Jon Dahl Tomasson, teceu rasgados elogios a um jogador que bem conhece, inclusivamente como... adversário, já que atuou contra Gyökeres quando orientava o Blackburn, no Championship.
«Vejo as corridas que o Viktor faz desde o tempo em que ele jogava no Coventry. Em Inglaterra chamam-se 'corridas no espaço', desde a parte interior para a parte exterior do relvado», analisou o técnico dinamarquês, mostrando-se atento aos jogos dos leões: «Ele é muito bom no timing, fá-lo em todos os jogos no Sporting. Faz dez corridas por jogo, são muito importantes. Muitas dessas corridas criam espaços para outros jogadores».