O projeto Goleadoras, que se dedica a fortalecer a autoconfiança, a resiliência e as capacidades de liderança de raparigas de comunidades desfavorecidas, está a expandir-se pela Europa, chegando agora a Portugal através de uma parceria com a Fundação do Sporting.
Após três anos de sucesso na Colômbia, Equador, Venezuela e Sul da Florida (EUA), este é o primeiro passo do projeto na Europa, uma oportunidade, segundo a CEO Eglantina Zing, de «explorar o potencial do futebol feminino em Portugal» e estabelecer «um precedente poderoso para capacitar mais raparigas a aderir ao desporto, não apenas para jogar mas para prosperar na vida».
Valores fundamentais do projeto
De acordo com Eglantina Zing, os valores fundamentais do projeto Goleadoras são a promoção da igualdade de género, o desenvolvimento de competências socioemocionais e de liderança. «É uma receita perfeita para inspirar uma nova geração de atletas femininas que não só se destacarão em campo, mas também contribuirão positivamente para a sociedade», afirmou a CEO.
Em Portugal, o projeto está ainda em fase de captação de jogadoras, contando já com 15 raparigas que iniciaram os treinos em setembro. Na terça-feira, para assinalar a inauguração oficial do projeto, as jovens entraram a acompanhar os jogadores do Sporting Clube de Portugal e do Nacional, no estádio José Alvalade, com a camisola do projeto.
Parceria com a Fundação do Sporting
Segundo Inês Seco, coordenadora executiva da Fundação Sporting, esta parceria vai permitir «mais uma oferta para quem está inserido no centro social da Musgueira ou para quem tem interesse e vem de fora mas também quer participar», tratando-se de um projeto «inovador com impacto bastante positivo noutros sítios do mundo».
A ideia base do projeto é a de trabalhar competências pessoais através do desporto, com treinos que começam com o exercício de competências como liderança, saúde física e mental, comunicação, disciplina e resiliência, autoconfiança e autoestima, irmandade e trabalho em equipa, e só depois o treino físico.