A nova geração de ouro
Pau Cubarsí i Paredes, Lamine Yamal Nasraoui Ebana e Geovany Tcherno Quenda, todos com apenas 17 anos, têm dado que falar no mundo do futebol português. Será que estamos perante o futuro do desporto-rei?
Há mais de 65 anos, a 8 de março de 1958, o lendário cronista Nélson Rodrigues escreveu na revista Manchete Esportiva, após um Santos-América-RJ, 5-3, com quatro golos de Pelé, então com apenas 17 anos: «É um menino, um garoto. Se quisesse entrar num filme de Brigitte Bardot, seria barrado. É um génio indubitável! Pelé podia virar-se para Michelangelo, Homero ou Dante e cumprimentá-los com íntima efusão: 'Como vai, colega?'». Agora, mais de meio século depois, parece que estamos a assistir a uma situação semelhante.
O central do Barcelona
Pau Cubarsí i Paredes, de 22 de janeiro de 2007, é um caso à parte. Com apenas 17 anos, é titular indiscutível de uma equipa como o Barcelona, algo que nem Beckenbauer ou Baresi conseguiram aos 17 anos. «Cubarsí joga tanto, meu Deus! Será que vimos o futuro no Real Madrid-Barcelona?», questiona-se o cronista.
Os outros fenómenos
Lamine Yamal Nasraoui Ebana, de 13 de julho de 2007, é uma figura conhecida há mais de um ano. O jovem marroquino tem sido uma das sensações da Liga espanhola e, aos 17 anos, já se pode virar para Messi e Ronaldinho Gaúcho e dizer: «Como vão, colegas?».
Já Geovany Tcherno Quenda, do Sporting, com 17 anos, 5 meses e 27 dias, tornou-se no mais jovem de sempre a marcar na Liga portuguesa. Quenda pode começar a virar-se para João Félix, por exemplo, e dizer-lhe: «Como vai, colega?».