Varandas rejeita comparação com Pinto da Costa e Pedroto

  1. Varandas rejeita comparação com Pinto da Costa e Pedroto
  2. Presidente do Sporting abordou relação com claques e comparação da sua dupla com Rúben Amorim
  3. Varandas afirma que competência sem valores éticos é uma "fraude"
  4. Contratação de Rúben Amorim em 2020 foi "um ato 100% racional"

Em entrevista à RTP3, o presidente do Sporting, Frederico Varandas, abordou diversos temas relacionados com a gestão do clube, incluindo a sua relação com as claques e a comparação entre a sua dupla com o treinador Rúben Amorim e a lendária parceria de Pinto da Costa e José Maria Pedroto no FC Porto.

Relação com as claques


Sobre a sua relação com as claques do Sporting, Varandas afirmou que o que lhe preocupa não é a relação que as claques têm consigo, mas sim a relação que elas têm com o próprio clube: «A mim não me preocupa muito a relação que as claques têm comigo. Preocupa-me, sim, a relação que as claques têm com o Sporting. E quando nós chegámos aqui não podia haver quem quer que fosse que estivesse acima do Sporting, do que é o melhor para o Sporting. Seja uma claque, seja um grupo de sócios, seja quem for.»

Comparação com Pinto da Costa e Pedroto


Já sobre a comparação entre a sua dupla com Rúben Amorim e a parceria entre Pinto da Costa e José Maria Pedroto no FC Porto, Varandas foi claro em rejeitar essa associação: «Um dos exercícios que eu faço para mim mesmo, desde que sou presidente do Sporting, é ligar muito pouco ao que dizem de mim. Já fui insultado de tudo, durmo bem com isso, mas, de facto, essa comparação com o senhor Pinto da Costa e José Maria Pedroto, se calhar, está a um nível mais difícil de superar. Não por falta de inteligência, não por falta de competência, não por astúcia, mas sim por uma razão muito simples, do meu ponto de vista, e não quero magoar ninguém.»


Varandas explicou que, para si, «toda a competência que uma pessoa possa ter, toda a inteligência, vale zero e é uma fraude, se não for alicerçada em valores, em ética». Por isso, afirmou que «seria horrível se eu fosse comparado a esse presidente».

A aposta em Rúben Amorim


Quanto à comparação entre Rúben Amorim e José Maria Pedroto, Varandas disse que essa é uma questão mais direcionada ao treinador do Sporting: «Em relação à comparação Rúben Amorim-Pedroto, isso não me diz respeito, isso é mais para o Rúben Amorim responder.»


Sobre a contratação de Rúben Amorim em 2020, Varandas considerou que foi «um ato 100 por cento racional». Recordou que, entre 2018 e 2020, vários treinadores de renome, como Leonardo Jardim, Abel Ferreira, Rui Jorge, Quique Sétien e Unai Emery, agradeceram, mas não aceitaram o convite para treinar o Sporting. Já Rúben Amorim, apesar de ser «um treinador com potencial», não hesitou em aceitar o desafio, o que Varandas considerou uma demonstração de coragem.

Preparação para possíveis saídas


Questionado sobre a eventual saída de Rúben Amorim ou do avançado Viktor Gyokeres, Varandas afirmou que, como administrador, o seu papel é «estar a viver no futuro» e preparar-se para essas possíveis saídas, garantindo que a qualidade do processo de trabalho interno se mantenha. O presidente do Sporting disse que ouve essa pergunta há mais de quatro anos, e considera «fantástico» que um dos melhores treinadores do mundo esteja há cinco anos no clube.