A poucos dias da nova convocatória de Roberto Martínez para a Seleção Nacional, o tema Cristiano Ronaldo volta a estar em destaque. Depois da sua atuação pouco expressiva no Euro 2022 e do seu comportamento durante a final da Supertaça saudita, surge a questão: será CR7 uma solução ou um problema para a equipa das quinas?
Há circunstâncias relacionadas com a imagem de marca de Cristiano Ronaldo, com os seus milhões de seguidores nas redes sociais e com o impacto que a sua presença tem no negócio e na visibilidade do futebol saudita, que acabam por atenuar alguns dos seus comportamentos censuráveis, tanto com o público como com os seus companheiros de equipa. No entanto, Roberto Martínez não terá em conta esses fatores quando decidir a convocatória para os jogos da Liga das Nações com a Croácia e a Escócia.
Uma questão desportiva
A grande questão é se, do ponto de vista desportivo, faz sentido convocar Cristiano Ronaldo neste momento. Apesar de todo o reconhecimento pelo que o craque madeirense fez pela Seleção Nacional nos últimos 21 anos, percebeu-se (como disse Fernando Santos) que Ronaldo não é um Luka Modrić, que está no Real Madrid para ajudar dentro das suas possibilidades, como se viu na recente conquista da Supertaça europeia.
A forma como Cristiano Ronaldo reagiu à derrota na final da Supertaça saudita, «sacudindo, em pleno relvado, a água do capote para cima dos companheiros», revela uma mentalidade de «eu ganho, nós empatamos, eles perdem», o que «não serve os interesses da Seleção Nacional».
O adeus de Pepe
Após uma brilhante carreira, Pepe decidiu pôr fim à sua passagem pela Seleção Nacional, onde apenas não foi campeão do mundo. Com 895 jogos realizados, 141 dos quais por Portugal, Pepe sempre foi um jogador muito amado pelos adeptos quando defendia as cores da sua equipa, mas odiado quando jogava contra elas.
«Pepe, obrigado pelo serviço a Portugal», é a justa homenagem a um jogador que sempre deu tudo pela camisola das quinas.