O podcast «4 Cantos do Mundo», do jornalista Diogo Matos, convidou recentemente o empresário Miguel Garcia, ex-jogador do Sporting, para partilhar as suas experiências de carreira a nível internacional. Apesar de uma carreira repleta de momentos marcantes, um golo em particular ficou na memória dos adeptos leoninos: o tento que Garcia apontou diante do Feyenoord, em 2005, na final da Taça UEFA.
Quase 20 anos depois, o antigo lateral-direito revelou que ainda hoje é abordado pelos fãs do Sporting devido a esse golo histórico. «Quando vou ao estádio ver jogos, são várias as pessoas que ainda me abordam. É normal que ainda se recordem desse golo, seja pessoas da minha geração, pessoas um pouco mais velhas ou um pouco mais novas. É com orgulho que ouço essas histórias e ainda agora, num festival de verão, uma pessoa recordou-me o golo com uma história incrível.»
«A culpa é do Miguel Garcia, não é minha»
Uma das histórias que Miguel Garcia recorda com particular carinho aconteceu este verão. «Vieram ter comigo e disseram-me que tinham ido comprar bebidas para festejar, isto já depois do golo e de o jogo ter terminado. Entretanto a pessoa que foi comprar bebidas derrubou um semáforo e começou a dizer 'A culpa é do Miguel Garcia, não é minha' [risos]. Esta foi incrível, mas já ouvi histórias de partirem a televisão, de virarem a mesa, de irem correr para a rua, de pais terem ido ao quarto para ver se se passava alguma coisa com os filhos... Há muito aquela história do 'Nesse dia estava aqui e fiz isto', é engraçado.»
Apesar de a temporada 2004/05 não ter terminado com títulos para o Sporting - a equipa de José Peseiro perdeu o campeonato para o Benfica e a final da Taça UEFA para o CSKA Moscovo -, Miguel Garcia guarda com carinho os momentos que se seguiram a este importante jogo em Alkmaar.
«Estavam quatro/cinco mil pessoas no aeroporto à nossa espera»
«Não sou de fazer grandes festas quando as coisas correm bem nem de ficar muito em baixo quando correm mal. Lembro-me que no fim do jogo fui logo ao controlo antidoping, eu e o Liedson, e começámos logo a beber umas cervejas para festejar a passagem à final. Nós viemos dos Países Baixos para Portugal e estavam quatro/cinco mil pessoas no aeroporto à nossa espera, esse momento foi arrepiante.»
O antigo jogador recordou ainda que «os dias a seguir foram normais porque tínhamos jogos importantes depois».