Em apenas quatro temporadas, o Sporting conquistou dois campeonatos - 2020/2021 e 2023/2024. Uma conquista significativa para qualquer clube, mas ainda mais para os leões, que em 42 anos apenas foram campeões quatro vezes, com duas séries de dois títulos, a outra foi a de 1999/2000 e 2001/2002.
As duas conquistas mais recentes ficaram marcadas por diferentes fatores, mas com um elemento comum: Sebastián Coates, o capitão discreto que foi a peça-chave para os sucessos da equipa.
O despontar dos jovens craques
A primeira da mais recente série foi a que ficou marcada pelo despontar de jovens que viriam a dar muitos milhões de euros aos verdes e brancos: Pedro Porro (€45 M), Nuno Mendes (€45 M), Palhinha (€22 M) e Matheus Nunes (€45 M), num total de 157 milhões de euros.
A revolução de Gyokeres
A segunda foi a de, sobretudo, Gyokeres, o sueco que revolucionou a forma de jogar dos leões e se tornou a figura máxima da Liga. No entanto, em ambos os títulos houve um elemento discreto que foi o pilar: Sebastián Coates, 33 anos.
O legado de Coates
Sebastián Coates. Definição: um líder por natureza. O barómetro do balneário. A bússola. A segurança de um grupo. A crença, o foco no coletivo, no mérito, no rendimento, na harmonia, no respeito pelas regras, na liberdade individual com responsabilidade. Esta definição do capitão, escrita por Luís Neto, outro dos elementos mais experientes do plantel, reforça a convicção de que sem Coates os leões teriam muito mais dificuldade em ter sido campeões.
Com a partida inesperada do capitão para uma reforma antecipada, o Sporting perde o seu pilar e os outros alicerces no balneário, Adán e Luís Neto. Por isso, o legado de quem fica, mais jovem, é enorme. E a responsabilidade de manter a unidade que levou aos títulos também. Porque mesmo com os Gyokeres, se não houver os Coates, fica mais difícil ganhar.