O título da I Liga portuguesa de futebol conquistado pelo Sporting no domingo confirmou uma tendência de alternância inédita no campeonato, que não conhece um campeão 'repetido' desde 2016/17, com oito campeões em oito anos.
Ainda que ancorado nos 'três grandes', nunca a principal divisão nacional esteve tanto tempo sem que uma equipa vencesse o campeonato duas vezes seguidas, com o Sporting a 'roubar' ao Benfica essa possibilidade.
O fim do domínio dos 'três grandes'
Os três rivais, e vencedores de todas menos duas das edições do campeonato, têm alternado na frente como nunca antes, numa senda que começou no fim de um desses períodos de grande domínio.
O Benfica tinha fechado o tetracampeonato em 2016/17 e, no ano seguinte, Sérgio Conceição impôs o 'seu' FC Porto como campeão nacional, cedendo a I Liga no ano seguinte de novo às 'águias'.
A alternância dos últimos anos
Os 'dragões' voltaram a imperar em 2019/20, como primeiros campeões em pandemia de covid-19, com o festejo mais marcante dessa era o do fim do 'jejum' sportinguista, campeão em 2020/21 ao fim de 19 anos de 'seca'.
O 'tri' de Sérgio Conceição ao leme dos 'azuis e brancos' chegou no ano seguinte, mas a chegada do alemão Roger Schmidt ao Benfica 'transfigurou' o clube da Luz, que se impôs com autoridade em 2022/23.
Um ciclo histórico de incerteza
Este ano, foi o Sporting de Rúben Amorim a voltar a imperar, fechando um ciclo de alternância que se arrasta há oito anos, se começar no final do 'tetra' benfiquista, comprovando uma incerteza nunca antes vista – ainda que confinada aos habituais 'três grandes' do futebol português.
O único outro período em que Portugal conheceu alguma alternância, com sete campeões em sete anos diferentes, foi no final do 'tetra' do Sporting dos anos 50, tendo fechado esse domínio em 1953/54 para ceder o 'cetro' ao Benfica.