No sábado passado, o jogo entre Famalicão e Sporting, agendado para as 18 horas, não se realizou devido à falta de policiamento. Segundo a PSP, um número não habitual de polícias informou que se encontravam doentes, comunicando baixa médica.
Após este incidente, a Ordem dos Médicos decidiu intervir e pediu esclarecimentos ao Ministério da Administração Interna e à PSP. O bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, afirmou que ainda não conhece a situação em concreto e que solicitou informações sobre o tipo de baixas e o seu enquadramento.
Os elementos da PSP e da Guarda Nacional Republicana (GNR) têm estado em protesto há quase quatro semanas, exigindo um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária. Esta situação tem afetado o policiamento em eventos desportivos, levando ao adiamento de vários jogos, como é o caso do Famalicão-Sporting e do Leixões-Nacional.
A falta de policiamento nos jogos de futebol é uma questão séria que precisa de ser abordada. A Ordem dos Médicos está empenhada em perceber o que se passou e se há necessidade de intervir nesta matéria. É importante garantir que as baixas médicas sejam justificadas de forma correta, pois a pessoa doente tem uma obrigação ética e moral de dizer a verdade sobre a sua condição física.
O Ministério da Administração Interna já determinou a abertura de um inquérito urgente para investigar as baixas médicas apresentadas pelos polícias. Este inquérito está a ser realizado pela Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI). O diretor nacional da PSP e o comandante-geral da GNR foram convocados para uma reunião no Ministério da Administração Interna.
Espera-se que este incidente seja esclarecido e que sejam tomadas medidas para evitar futuros adiamentos de jogos devido à falta de policiamento. Os fãs de futebol em Portugal merecem assistir aos jogos das suas equipas sem interrupções.