A plataforma reivindicativa da PSP e GNR expressou sua preocupação com a postura da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) em relação à falta de condições de segurança no jogo Famalicão-Sporting, que foi adiado no sábado. A falta de policiamento no estádio devido a atestados médicos e alegações de indisposição gerou uma controvérsia entre as forças de segurança e a Liga.
A plataforma destacou a importância de não colocar o futebol acima da legalidade, lembrando que o respeito pelas leis é fundamental. Em um comunicado, a plataforma afirmou: "À Liga Portuguesa exige-se um comportamento prudente, que respeite o quadro legal, evitando discursos inflamados, capazes de colocar em causa os profissionais de Saúde e os próprios Polícias. A Liga e outras entidades com responsabilidade devem abster-se de fazer comentários que demonstram um total desconhecimento sobre a dimensão do problema".
A plataforma também questionou a exigência da LPFP de um inquérito, afirmando que as situações de ausência de forças de segurança "estão ou serão devidamente atestadas por profissionais de saúde". Além disso, a plataforma criticou a falta de resposta do Governo às manifestações e vigílias realizadas pelos polícias e guardas, destacando a diferença de tratamento quando se trata de um jogo de futebol.
Ainda no comunicado, a plataforma reforçou seu apelo ao primeiro-ministro e ao ministro da Administração Interna, alertando que os polícias estão no limite e que a situação pode se tornar indesejável. Os elementos da PSP e da GNR estão protestando há mais de três semanas, exigindo condições salariais melhores e um suplemento semelhante ao atribuído à Polícia Judiciária.
Diante desse impasse entre as forças de segurança e a Liga de Futebol, espera-se que as partes envolvidas encontrem uma solução para garantir a segurança nos jogos e também atender às reivindicações das forças de segurança.