Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, voltou a abordar o processo disciplinar que enfrentou após uma queixa do Conselho de Arbitragem. Desta vez, o dirigente portista questionou o arquivamento da queixa contra Frederico Varandas, presidente do Sporting, pelo Conselho de Disciplina.
O dirigente portista revelou que recebeu informação da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) de que o Conselho de Arbitragem apresentou uma queixa contra Varandas pelas suas críticas à arbitragem de João Pinheiro no jogo contra o Vitória de Guimarães. Surpreendentemente, o Conselho de Disciplina arquivou a queixa sem sequer iniciar um procedimento disciplinar.
Marques destacou a discrepância entre o tratamento dado às suas declarações e às de Varandas. Ele recordou um tweet seu, em que criticava a nomeação da dupla de árbitros Rui Costa e Tiago Martins, que resultou num processo disciplinar e uma suspensão de 45 dias. Enquanto isso, as declarações severas do presidente do Sporting foram arquivadas 'pela porta do cavalo', ou seja, sem qualquer procedimento disciplinar.
O diretor de comunicação do FC Porto lamentou a falta de transparência e o tratamento diferenciado dado pelo Conselho de Disciplina. Ele ressaltou que o regulamento disciplinar indica que apenas as queixas anônimas ou que não digam respeito a factos concretos podem ser arquivadas sem a instauração de um processo disciplinar. No entanto, a queixa do Conselho de Arbitragem contra Varandas não era anônima e referia-se a factos concretos, o que indica um desvio do regulamento.
Marques concluiu seu comunicado pedindo maior transparência e um esclarecimento sobre esses procedimentos. Ele ressaltou que o futebol português merece um tratamento mais justo e transparente por parte dos órgãos responsáveis pela disciplina.
De acordo com informações do jornal Record, nos últimos dois anos, foram apresentadas 19 queixas contra o FC Porto ao Conselho de Disciplina. Dessas, oito foram arquivadas sem a instauração de processos disciplinares. No entanto, esses arquivamentos não foram divulgados publicamente e apenas notificados aos envolvidos.