Fim da era de Pedro Proença na Liga de Clubes

  1. Proença deixa a presidência da Liga após quase 10 anos no cargo
  2. Helena Pires será a primeira mulher a presidir a Liga de forma interina
  3. As eleições para a presidência da Liga estão marcadas para 24 de abril com 4 candidatos já anunciados
  4. A Liga projeta um resultado operacional de 1,1 milhões de euros e rendimentos históricos acima dos 31 milhões de euros no primeiro semestre

Despedida de Pedro Proença após quase 10 anos


Chegou ao fim a era de Pedro Proença na presidência da Liga de Clubes. Após quase 10 anos no cargo, o antigo árbitro realizou a sua última Assembleia Geral (AG) na organização esta sexta-feira, antes de assumir a liderança da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) na próxima segunda-feira.

Na AG, o cessar de funções de Proença foi oficializado. Helena Pires, vista como sua braço-direito, irá presidir a Liga de forma interina até à realização de novas eleições para o cargo, que deverão acontecer nos próximos dias. A data apontada é 24 de abril, com quatro candidatos já posicionados: Reinaldo Teixeira (presidente da AF Algarve), Júlio Mendes (ex-presidente do Vitória de Guimarães), Alexandrina Cruz (presidente do Rio Ave) e João Fonseca (português que trabalha na área dos direitos televisivos da FIFA).

Proença mantém ligação à Liga


Apesar de deixar a presidência, Proença manterá ligação à Liga, tendo sido aceite como Associado Honorário. Helena Pires será também a primeira mulher a assumir esta pasta, uma transição aprovada pela direção da Liga, composta por representantes de Benfica, FC Porto, Sporting, Casa Pia, Rio Ave, Paços de Ferreira, Chaves e Vizela.

Durante a AG, foram ainda aprovadas as contas do primeiro semestre desta época, com a Liga a projetar um resultado operacional de 1,1 milhões de euros e rendimentos históricos acima dos 31 milhões de euros.

Proença salienta união e papel da FPF


Após a AG, realizou-se a XIV Cimeira dos Presidentes, adiada desde a última segunda-feira devido ao funeral de Jorge Nuno Pinto da Costa, ex-presidente do FC Porto e da própria Liga. Foi nesta ocasião que Proença se despediu oficialmente do cargo, num discurso onde salientou a união e o papel de liderança que a FPF terá no futebol português, abordando também a centralização dos direitos televisivos da Liga.

«Neste último dia enquanto Presidente da Liga Portugal, não posso deixar de expressar o orgulho que sinto por estes dez anos de trabalho desenvolvido», afirmou Proença, destacando ter deixado a instituição «financeiramente sólida» e «preparada para o futuro». O dirigente considerou ainda ter transformado o futebol profissional português, deixando-o «muito diferente daquele que encontrámos em 2015».

Proença sublinhou a importância da «união» e da «capacidade de gerar consensos» no futebol profissional, comprometendo-se a trabalhar em conjunto com a FPF e os clubes para completar a centralização dos direitos audiovisuais, alterar os quadros competitivos e reduzir os custos de contexto.