O Portimonense mantém-se vigilante quanto a uma possível reentrada na I Liga e foca a sua atenção na situação financeira do Boavista. Rodiney Sampaio, presidente da SAD dos algarvios, expressou a sua insatisfação com a situação.
Em declarações divulgadas pelo emblema de Portimão, o dirigente recordou casos de incumprimento por parte dos Axadrezados e reafirmou a solidez do projeto Portimonense, tanto a nível financeiro como estrutural.
Rigor e transparência do Portimonense
«O Portimonense e os investidores (acionistas) são rigorosos cumpridores de todas as responsabilidades e obrigações em todos os aspetos. Sabemos que o futebol profissional hoje exige o máximo rigor em todas as áreas, nomeadamente, e especialmente financeiro», afirmou Rodiney Sampaio.
O presidente da SAD dos algarvios destacou que o Portimonense possui «infraestruturas e estádio de topo, sem dívidas e com saúde financeira», cumprindo «todos os nossos deveres e obrigações com a segurança social, Autoridade Tributária, seguros, salários, clubes e fornecedores».
Preocupação com o caso do Boavista
Quanto ao Boavista, Rodiney Sampaio reconheceu que se trata de «um clube histórico e já foi campeão nacional», mas salientou que «a verdade é que o sucesso desportivo de outros anos se confunde com o avolumar de dívidas e polémicas».
O dirigente do Portimonense apontou casos de «incumprimento reiterado no pagamento de salários comprovados que já resultaram em procedimentos disciplinares» e «jogadores que apresentaram rescisão de contrato por salários em atraso», bem como «incumprimentos diversos junto das instâncias internacionais sendo público que se encontram impedidos de inscrever jogadores pela FIFA».
Prevenção de más práticas no futebol
Para Rodiney Sampaio, «o incumprimento salarial coloca em causa a integridade da competição» e a Liga «não pode correr o risco de ter greves e ou jogadores com salários em atraso na principal competição portuguesa enquanto negoceia o maior contrato de direitos televisivos da história do futebol português».
O presidente da SAD do Portimonense defendeu que a Liga e a Federação devem «avaliar se os clubes que já são reincidentes por anos cumprem os mínimos requisitos para honrar a maior competição nacional».
Apelo à transparência e responsabilidade
Rodiney Sampaio criticou a legitimação de «salários em atraso, impedimentos de inscrição, manobras financeiras», afirmando que isso «é legitimar que todos os outros Clubes e Sociedades Desportivas comecem a fazer das más práticas no futebol uma nova tendência».
O dirigente do Portimonense apelou à transparência no futebol, defendendo que «a proveniência dos fundos tem que ser clara e não podem os TOC's das sociedades desportivas assumir que o pagamento feito por terceiros confere um pagamento nos termos dos contratos de trabalho sob pena de eles próprios responderem em tribunal por falsas declarações».
Confiança no projeto do Portimonense
Apesar das preocupações com o caso do Boavista, Rodiney Sampaio reafirmou a confiança no projeto do Portimonense, garantindo que «o nosso projeto continua e acreditamos que justiça será implacável».