O avançado equatoriano Ronie Carrillo manifestou em declarações à Marca 90 a sua intenção de deixar o Portimonense no próximo mercado de transferências. Apesar de ter contrato válido por mais dois anos com o clube algarvio, o jogador de 27 anos ambiciona mudar de ares.
«Há uma cláusula de rescisão de dez milhões de euros neste mercado, caso haja alguma equipa interessada. A minha ideia é mudar de clube. Apesar de ser um bom projeto, eles estão mais concentrados em vender jogadores. Foi por isso que perdi espaço na equipa. Se possível, gostaria de ir para uma liga inferior, mas que possa lutar por um campeonato», justifica o avançado.
Foco no presente
Apesar dos planos de saída, Ronie Carrillo garante estar concentrado em ajudar o Portimonense no play-off com o Aves SAD, cuja segunda mão se disputa no próximo domingo. «Como estamos a lutar contra a despromoção, não ouvi falar de qualquer interesse de qualquer equipa. Para já, estou concentrado no objetivo da minha equipa. Tenho contrato por mais dois anos.»
O jogador pretende continuar a sua carreira no futebol europeu e negou ter sido contactado para regressar ao Equador. «É totalmente falso, ninguém me telefonou do Emelec ou do Nacional. Não sei o que pretendem com estes rumores, estou calmo e concentrado em permanecer na Europa por mais tempo», afirmou.
Aprendizagem na Europa
Ronie Carrillo vê a sua passagem pelo Portimonense como um «ano de aprendizagem». O avançado marcou 5 golos em 29 jogos esta temporada e acredita que, no clube certo, pode dar-se bem no futebol europeu.
«Antes de regressar ao Equador, o meu objetivo é ter êxito no estrangeiro. Tenho as ferramentas para o fazer e sei que o vou conseguir. Este ano, vir para a Europa foi um ano de aprendizagem. Marquei alguns golos, o que, apesar de serem poucos aqui em Portugal, é sempre positivo. Adaptei-me ao futebol deste país e isso ajudou-me.»
Adaptação ao futebol português
O atacante admitiu que o maior desafio tem sido a adaptação à língua e à cultura portuguesa. «O que achei mais difícil foi a língua. Ter total empatia com o resto dos meus colegas tem sido o mais difícil. Mês após mês, tenho vindo a melhorar.»
Carrillo também destacou as diferenças no estilo de jogo entre o futebol português e o do seu país de origem. «O estilo de jogo é mais intenso e eles deixam-nos pouco espaço, aqui temos de pensar muito mais depressa para encontrar uma solução. É um jogo com muito toque e mais concentração de todos os defesas. Aqui eles são muito bons em termos tácticos. É muito bom o que os treinadores preparam e a forma de jogar é o mais notável.»