O Nacional manifestou surpresa pela denúncia de racismo feita pelo treinador do Estoril, Ian Cathro, no final do jogo de sábado, da 22ª jornada da Liga. Em comunicado, o clube insular afirmou estranhar que a alegada situação de racismo, que teria ocorrido durante a primeira parte da partida, não tenha sido relatada "por qualquer elemento afeto ao Estoril, de forma formal ou informal", nem no intervalo nem durante a segunda parte.
Histórico de luta contra a discriminação
A formação madeirense reforçou que, ao longo dos seus mais de 114 anos de história, sempre se associou a "campanhas de sensibilização e lutar contra todo e qualquer tipo de intolerância racial ou discriminação social", com "respeito pela raça, etnia ou religião de cada ser humano".
Declarações de Ian Cathro
Na conferência de imprensa após o jogo, que terminou empatado 2-2, Ian Cathro já havia abordado o suposto episódio de racismo. «Acho que é muito importante dizer uma coisa antes de falar do jogo, é muito importante dizer de uma forma séria que houve um momento de racismo contra um dos nossos jogadores na primeira parte. É algo que, obviamente, sinto a responsabilidade de dizer. Não podemos esconder estes momentos. Obviamente tem de haver algum processo ou protocolo, porque todos nós temos a responsabilidade de não ter atletas a viver assim», afirmou o treinador escocês.
Em comunicado divulgado no domingo, o Estoril Praia reforçou a "responsabilidade de todos os intervenientes no jogo para deixar qualquer ato de discriminação racial de fora do futebol e do desporto", embora sem especificar a identidade do alegado jogador envolvido.