Enquanto a maioria dos clubes das cinco principais ligas europeias mantém os seus treinadores - com taxas de permanência entre 67% e 78% -, a realidade da Liga Portuguesa é bem diferente. Até à 21ª jornada da temporada 2024/25, apenas cinco técnicos continuavam no comando das suas equipas: Vasco Matos (Nacional), João Pereira (Casa Pia), Ian Cathro (Estoril), César Peixoto (Moreirense) e Tiago Margarido (Nacional).
Este cenário de instabilidade nos bancos portugueses contrasta fortemente com o que se verifica noutros campeonatos. Na Alemanha, 78% dos treinadores mantêm-se nos seus clubes, enquanto em Espanha, Inglaterra, Itália e França as taxas de permanência variam entre 67% e 75%.
Número elevado de mudanças
Ao todo, a Liga Portuguesa já contabilizava 32 mudanças de treinador até à 21ª jornada, com a entrada de Gilberto Andrade no Boavista a juntar-se a essa lista. E é provável que os axadrezados venham a efetuar uma terceira alteração no comando técnico, elevando o número total para 33 mudanças.
Alguns técnicos, como Rui Borges, Tozé Marreco e Daniel Sousa, já passaram por dois clubes diferentes nesta temporada, enquanto Sporting, Vitória de Guimarães, FC Porto, Gil Vicente e Famalicão contam com três treinadores diferentes.
Jovens talentos a dar cartas
Apesar deste cenário de instabilidade, alguns técnicos estreantes na Liga Portuguesa, como Vasco Matos, João Pereira, Ian Cathro e Tiago Margarido, têm conseguido obter bons resultados com as suas equipas. O Nacional de Vasco Matos ocupa o 5º lugar, enquanto o Casa Pia de João Pereira está em 7º e o Estoril de Ian Cathro em 8º. Estes jovens treinadores parecem estar a dar cartas, contando com a paciência e confiança dos respetivos presidentes.
«Este cenário de instabilidade nos bancos portugueses contrasta fortemente com o que se verifica noutros campeonatos», referiu um especialista do setor.