O Moreirense somou a terceira derrota consecutiva ao perder frente ao FC Porto por 2-1. No final da partida, o treinador Vasco Botelho da Costa analisou o encontro, focando-se nos erros da sua equipa, em especial nas grandes penalidades cometidas.
Visivelmente preocupado com a situação, o técnico lamentou o impacto psicológico do golo do empate portista, obtido através de uma grande penalidade, e reiterou a necessidade de evitar erros individuais que têm penalizado a equipa.
Análise ao Jogo
Vasco Botelho da Costa começou por analisar o jogo, focando-se no processo e nos erros cometidos: ““Tento olhar muito pouco para o resultado, olho mais para aquilo que é o processo: temos doze jogos sofridos e sete são de penálti e em nenhum deles posso dizer que não era. Estamos a ser muito penalizados por erros próprios, e não somos uma equipa com muitos jogadores pela primeira vez neste contexto””
, afirmou.
O treinador destacou ainda a capacidade da sua equipa em controlar o jogo do FC Porto em alguns momentos: ““Numa análise ao jogo controlámos o que o Porto estava a fazer, o Porto com muita bola, mas consentido por nós. Estivemos sempre muito compactos, no geral não foi um Porto avassalador, que nos empurrou para trás de uma forma louca. Acaba por ser ingrato para nós, mas merecemos porque o erro foi nosso. Conseguimos explorar mais do que em Alvalade, o porto também nos deu 50 metros e tivemos capacidade de os por mais em sentido””
.
Impacto Psicológico e Penáltis
Vasco Botelho da Costa lamentou o impacto psicológico do golo do empate portista, obtido através de uma grande penalidade. ““Olhando para o jogo, foi o golo do empate que baixou muito dos nossos índices. Disse no balneário que temos que crescer, porque alguns resultados que tivemos menos positivos estão a ser marcados por erros injustificados””
, disse.
O técnico insistiu na necessidade de evitar os penáltis, reiterando: ““Temos 13 golos sofridos, sete de penálti. Não posso dizer que algum deles é mal assinalado. Estamos a ser penalizados por erros individuais””
.
Força do FC Porto e Cansaço
O treinador do Moreirense reconheceu a força do FC Porto nas bolas paradas e nos duelos físicos. ““Acabou por ser muito igual, também se sentiu o cansaço do Porto. Para quilo que é a forma de defender do Porto, pressiona a campo inteiro quase homem a homem, mas jogar os mesmos de três em três duas faz-se sentir. Podíamos ter sido mais pressionantes e mais agressivos, condicionado mais o Porto. Mas, o jogo acaba por ser decidido num momento em que o Porto é muito forte, a bola parada, o duelo e disputa””
, afirmou Vasco Botelho da Costa.
O técnico acrescentou ainda: ““Na primeira parte, controlámos tudo o que o FC Porto estava a fazer. O FC Porto tinha mais bola, mas os centrais sobem muito pouco. Controlámos bem o jogo direto e as subidas pelo corredor. Na primeira parte, não vimos um FC Porto avassalador.””
Perspetivas Futuras
Vasco Botelho da Costa perspetiva o futuro com otimismo, acreditando que a equipa está no caminho certo, apesar dos erros cometidos. ““Desde que cheguei disse que queria desbloquear mentalmente isso, que queríamos ser competitivos e poder jogar para ganhar contra qualquer equipa. Uma coisa é jogar contra um bloco médio, outra coisa é jogar com pressão a campo inteiro. Tivemos isso em Alvalade, hoje acho que tivemos melhor, temos de continuar a trabalhar””
, afiançou.
O treinador do Moreirense reconheceu a superioridade física e técnica do FC Porto, mas mostrou confiança na capacidade da sua equipa em evoluir, concluindo: ““Olhando para a estampa física e para a qualidade dos executantes do FC Porto, estamos em desvantagem. Temos demonstrado competência defensiva, temos de crescer””
. Vasco Botelho da Costa rematou: ““Acaba por ser ingrato para nós, mas merecemos porque o erro foi nosso. Penso que há um momento marcante, o penálti em cima do intervalo””
.
