Após o jogo entre o Moreirense e o V. Guimarães, que terminou com uma vitória de 2-0 para a equipa da casa, ambos os treinadores, Vasco Botelho da Costa, do Moreirense, e Luís Pinto, do Vitória, partilharam as suas impressões sobre o que se passou em campo neste encontro da I Liga.
Vasco Botelho da Costa expressou a sua satisfação com o desempenho da sua equipa, realçando a importância de ajustar as estratégias durante o jogo. Segundo ele, “Se pudesse estava 90 minutos dentro da área adversária, mas estávamos a jogar com o Vitória que tem bons jogadores e um bom treinador.” Reconheceu que a sua equipa teve dificuldades na primeira parte, onde “tivemos alguma dificuldade em quebrar a primeira linha de pressão”, mas que os ajustes na segunda parte permitiram que o Moreirense conseguisse ter mais controle do jogo. “Fomos muito competentes e conseguimos aproveitar as oportunidades que criámos”, assegurou o treinador.
Reflexão sobre o Intervalo
O foco da equipa do Moreirense na sua organização e na realização dos ajustes necessários durante o jogo ficou evidente na reflexão de Botelho da Costa sobre o intervalo. Ele afirmou: “Ao intervalo passamos um reforço positivo, fazendo com que eles percebessem o que não estava a dar e o que era preciso de fazer para passar a dar.”
A entrada em campo do jovem Afonso Assis também foi valorizada, com o técnico a comentar que a atuação do jogador na segunda parte demonstrou que ele está preparado para os desafios: “O Afonso tem 19 anos, mas entende o jogo muito bem, tem muita competência tática, trabalha connosco e está disponível para jogar quando entendemos.”
Desilusão no V. Guimarães
Por outro lado, Luís Pinto, treinador do V. Guimarães, brindou os jornalistas com um relato mais desolado sobre a prestação da sua equipa. Começou por lamentar a falta de eficácia na segunda parte do jogo: “Na segunda parte, 'ficámos' no balneário. Esses dois golos tornam o jogo muito diferente da primeira para a segunda parte.”
Quando questionado sobre a atitude competitiva dos seus jogadores, Pinto foi claro: “não podemos admitir uma prestação destas quanto à forma de estar em campo.” Ele enfatizou que, apesar da intenção ofensiva da sua equipa na primeira parte, a falta de agressividade foi um fator determinante na derrota: “Fomos inexistentes na atitude competitiva na segunda parte. Num jogo de futebol, temos de querer vencer. Num dérbi, mais ainda.”
Crítica à Atitude dos Adeptos
Os adeptos do Vitória também não escaparam ao olhar crítico do treinador. Pinto mostrou-se consciente da frustração sentida pela massa adepta, reconhecendo: “Compreendo o manifesto desagrado [dos adeptos] que existiu neste jogo.”
Por fim, em uma nota de mudança, ressaltou que cabe à equipa encontrar as respostas necessárias para melhorar a imagem perante os seus apoiantes: “temos de mudar a nossa imagem perante a nossa adepta.”
O Futuro do Moreirense
Assim, o confronto entre Moreirense e V. Guimarães revelou a determinação de uma equipa em ascensão e a luta de outra para recuperar a confiança e o respeito junto das suas bases. Ambos os treinadores expressaram a necessidade de evolução, mas com caminhos bem distintos a serem percorridos.
No final do encontro, Vasco Botelho da Costa destacou ainda o feito histórico do Moreirense: “Ficamos na história do clube pelo melhor arranque de sempre, mas é uma pequena marca, vale o que vale.” Com um objetivo claro de 35 pontos, reafirmou a necessidade de foco e trabalho contínuo para alcançar melhores resultados: “Queremos entrar em todos os campos com condições de ganhar o jogo. Sabemos que para conseguir isso temos de ser competentes na nossa ideia.”