Após a derrota por 3-0 frente ao FC Porto, o treinador Luís Pinto partilhou as suas impressões sobre a partida numa entrevista. Começou por apontar que, até certo ponto, a sua equipa esteve bem, mas faltou-lhes um elemento crucial: “Em certa parte, o FC Porto conseguiu ter sucesso na pressão sempre que encontrávamos os espaços e colocávamos o jogo no meio-campo ofensivo. Faltou-nos aproximação à baliza contrária. Sofremos dois golos muito cedo quando tínhamos oportunidades para marcar. Isso tornou o jogo difícil.” A falta de eficácia foi uma preocupação central para Pinto, que reconheceu que a entrada na segunda parte trouxe uma ligeira melhoria, afirmando: “Acima de tudo, mostrámos sentimento de crença e de que o jogo estava em aberto. Tivemos a bola, mas não fomos agressivos e perigosos. É um jogo que nos vai dar ensinamentos para a época. Nos níveis de agressividade, isso foi notório. Não é que as faltas ganhem jogos, mas o FC Porto ganhou o dobro dos duelos. Nesse aspeto, jogámos em parte bem, mas com pouca agressividade.”
Na conferência de imprensa seguinte ao jogo, Pinto reforçou a ideia da pressão elevada do time da casa: “A entrada no jogo foi mais forte da nossa parte, tivemos uma oportunidade logo a começar. Até ao golo, o jogo foi equilibrado. Sentimos a pressão do FC Porto, sabíamos que ia acontecer, mas a equipa estava bem. Simplesmente, foi uma questão de eficácia nesse momento.” Carlos Pinto complementou a sua análise, referindo-se à intensidade demonstrada pelo adversário: “A envolvência do estádio foi forte, tal como a agressividade. O FC Porto fez o dobro das faltas que fizemos, o que demonstra isso mesmo.” O treinador do Vitória destacou a necessidade de aprender com este jogo e de incorporá-lo no desenvolvimento da sua equipa, dizendo: “Temos de pegar nas coisas deste jogo para enriquecer o processo que queremos para a nossa equipa. Este jogo vai dar-nos algumas coisas nesse aspeto. Temos de ter um nível de concentração e de rigor sempre muito altos. Isso fez um bocadinho a diferença, hoje, no resultado.”
Análise da pressão adversária
Pinto também refletiu sobre a preparação da equipa e a relação com o seu novo reforço, Ndoye, enfatizando a importância de integrar novos jogadores. “É um jogador que tem características diferentes das que temos no plantel. Tem a capacidade de atacar a profundidade de uma forma muito interessante e queríamos utilizar essas características neste jogo. Tem também a questão de estar a chegar. Não fez a pré-época e quisemos que sentisse o que é jogar pelo Vitória e a exigência dos nossos adeptos. Jogámos num Dragão entusiasmado e houve muitos momentos em que ouvimos o apoio dos nossos adeptos. É importante transmitir isso aos jogadores que estão a chegar.”
Lições para o futuro
Esta partida será um momento a analisar, com Pinto a apostar na continuidade do crescimento da sua equipa para os próximos desafios do campeonato. A derrota não só mostrou as fraquezas a serem corrigidas, mas também serviu como um passo importante no processo de aprendizagem da equipa. “Cada um destes jogos é uma lição e estamos aqui para aprender e crescer juntos”, disse Pinto, numa nota esperançosa para a época que se avizinha.
Expectativas para os próximos jogos
O treinador do Vitória espera que os resultados da partida contra o FC Porto inspirem a sua equipa a melhorar. “Temos de nos focar no que vem a seguir e utilizar esta experiência para sermos mais fortes”, concluiu. A mensagem de Pinto é clara: a equipa deve absorver os ensinamentos desta derrota para se preparar para os desafios futuros do campeonato, que se avizinha cada vez mais competitivo.