O presidente do Conselho Fiscal do Vitória de Guimarães, Ricardo Martins Lobo, emitiu um comunicado para esclarecer o processo que o levou a reunir-se com representantes da candidatura de Luís Cirilo Carvalho às eleições do clube na segunda-feira passada.
Martins Lobo classificou a reunião com Cristina Cepa e Marcos Carvalho como "muito interessante", explicando que "foi por mim referenciado que ainda não tinha tido acesso a mais documentação por falta de agenda própria", já que o vice-presidente para a área financeira, Rui Rodrigues, "se tinha mostrado disponível para me apresentar a dita documentação." Ele acrescentou que "foi também referenciado por ambos que deveria existir um regulamento eleitoral que espelhasse os direitos e os deveres das listas candidatas e foi também discutida e partilhada a ideia da eleição para os órgãos sociais serem feitas órgão a órgão."
Divergências pessoais e estratégicas
No entanto, Martins Lobo deixou claro que "retirar dessa reunião mais do que esta informação é completamente desajustado do enquadramento e visa naturalmente a obtenção de ganhos eleitorais. Não posso permitir tal feito, até pela independência do órgão e dos membros que o compõe."
No mesmo comunicado, o presidente do Conselho Fiscal confirmou que António Miguel Cardoso "não me convidou para fazer parte da nova lista" e esclareceu que "também é público que eu não iria aceitar tal convite, se o mesmo tivesse existido." Ele explicou que "existem divergências pessoais e estratégicas, públicas, que não têm que ver com a situação económico-financeira do Vitória, nem relativamente a qualquer dúvida sobre a veracidade das contas apresentadas. Essas divergências são normais e salutares, pois cada um tem ideias diferentes sobre o modo como o Clube deve ser gerido, mas tal não implica desconfianças ou mesmo dúvidas sobre o que quer que seja."
Eleições de 2025
Por fim, Martins Lobo expressou seu desejo de que "o dia 1 de março de 2025 seja mais um dia bonito na nossa história e que os sócios, em grande número, possam escolher os seus novos órgãos sociais para o próximo triénio." Ele manifestou "um enorme orgulho em ter sido Presidente do Conselho Fiscal do clube num momento tão difícil da sua história e ter tido, ao meu lado, uma equipa de vitorianos, isentos, independentes e com uma elevada estatura moral e profissional."