Empate com Boavista "não é fácil de aceitar"
André Coelho Lima, associado do Vitória Sport Clube, jurista e empresário, escreve sobre a necessidade de humildade após o empate da sua equipa com o Boavista. Ele recorda as palavras de Rui Borges, treinador do Vitória, que alertava que não iriam ganhar sempre e que haveria percalços e resultados indesejados. "Este empate contra o Boavista, pela forma como ocorreu, não é fácil de aceitar", afirma Coelho Lima.
Apesar de felicitar o Boavista "pelo seu querer, pela sua entrega, pela forma como jogadores de um clube com dificuldades financeiras que não contrata há quatro janelas de mercado se apresentaram disponíveis a deixar tudo em campo, com um espírito de David contra Golias que acabou por resultar a seu favor no final", Coelho Lima considera que a atitude do Vitória foi problemática.
Soberba caracteriza futebol
O autor aponta que "há no futebol um problema de cultura", com os jogadores de todas as equipas e campeonatos a "deitarem-se para o chão numa fita teatral que todos sabem não ser verdadeira, mas considera-se normal que assim se faça para procurar obter um benefício, ainda que notoriamente ilegítimo". Ele contrasta esta postura com a do râguebi, onde "tirar o pé quando se está a vencer por muitos é uma forma de condescendência que representa falta de respeito pelo adversário". No futebol, pelo contrário, "a soberba toma não raras vezes conta dos protagonistas".
Erros a aprender e profissionalismo a manter
Coelho Lima afirma que a atitude do Vitória perante o Boavista, "uma soberba que saiu cara a quem a praticou", é o que mais o incomodou, mais do que o resultado em si. Ele lembra que a mesma postura já tinha sido observada na segunda parte do jogo contra o NK Celje. "Por isso é que esta é a altura para registar os erros, aprender com eles, e seguir em frente", escreve.
Apesar de considerar que a equipa tem feito "uma época fantástica" e que Rui Borges foi "a melhor contratação desta época", Coelho Lima afirma que "o mínimo que se exige é empenhamento e profissionalismo durante os 90 minutos". Ele alerta que "não se descansa em campo, nem nunca se toma um resultado por adquirido".