O treinador do Vitória de Guimarães, Rui Borges, fez a antevisão do encontro da segunda mão da 2.ª pré-eliminatória da Liga Conferência Europa, com o Floriana, assegurando que a sua equipa estará mais intensa e confortável a jogar no Estádio D. Afonso Henriques.
Rui Borges abordou diversos temas na conferência de imprensa, desde a ausência esperada de Jota Silva até à especificidade de orientar a equipa no reduto vitoriano.
Espera uma exibição mais convincente em casa
«É subjetivo se podemos jogar mais rápido, tendo em conta o bloco baixo do nosso adversário. O campo do Floriana não serve de desculpa, tivemos uma adaptação difícil, mas não adianta mais falar do campo e não dar uma boa resposta na nossa casa. Seremos mais intensos, a equipa vai sentir-se mais confortável diante dos nossos adeptos. Temos de respeitar um adversário que cria dificuldades com bloco baixo, teremos de ter alguma paciência. Temos de ser equilibrados, vamos ter mais bola, temos de estar precavidos para os perigos de uma equipa forte no ataque rápido. Temos de estar equilibrados, focados e rigorosos», afirmou Rui Borges.
Ausência de Jota Silva não é problema
«Preparei o jogo com toda a gente, independentemente do Jota poder sair ou não. Todos os jogadores trabalham para poderem ser opção, estou tranquilo. O Jota é um jogador diferenciado, especial para a equipa e adeptos, mas temos de saber viver com isso. É um passo que ambicionava, merece por tudo o que lhe tem acontecido. Não o conhecia, mas ao fim do primeiro dia percebi o porquê de ter sucesso. Não tenho dúvidas de que terá muito sucesso. Jogaremos com onze, por isso estou totalmente tranquilo», frisou o técnico.
Não se sente pressionado pelo favoritismo
«Independentemente do adversário, passamos para os jogadores a ideia das dificuldades que podemos passar. Gosto muito de respeitar toda a gente. Nos jogos da Taça também há favoritos, depois os pequenos ganham aos grandes. Já estive do outro lado, sei como as equipas se motivam. Se entrarmos com confiança a mais, isso pode-se pagar caro. O grupo teve um dissabor na época passada, isso serve de exemplo, mantém o grupo ligado. O nosso grupo é competitivo, quer ganhar, é para isso que trabalhamos todos os dias», referiu Rui Borges.
Não se preocupa com especulações de mercado
«O que me preocupa é a notícia que dá conta que o Tomás Ribeiro não treinava há uma semana, foi uma falta de respeito para o jogador e o clube. Ainda bem que pediram desculpa. Os jogadores estão capacitados que o mercado é assim todos os anos. O Jota foi um grande exemplo, surpreendeu-me muito pela positiva. Sabia que podia sair a qualquer minuto, mas quem o visse trabalhar diariamente via que o empenho era surreal. Vai chegar onde quer pela resiliência dele e carácter enquanto ser humano. A equipa tem dado uma grande resposta. Não é só no Vitória, os jogadores estão todos à venda. Estou preparado para treinar. Se gostava que saísse o Jota, claro que não, mas foco-me é no dia a dia. O Jota segue o seu caminho e nós seguimos o nosso. Vão aparecer outros 'Jotas', o futebol é isto mesmo», afirmou.
Promete uma equipa competitiva e intensa
«A minha garantia é o trabalho, como desde o primeiro dia como treinador. As minhas equipas são competitivas, intensas. Estamos num grande clube, a melhor forma de o honrar é dar tudo dentro do terreno de jogo. Estão todos a puxar por nós, não tenho dúvidas que será assim amanhã», referiu.
Entende as frustrações dos adeptos
«Quando comecei a treinar tinha bem ciente a exigência de ser treinador principal. Percebo os adeptos, vou perceber sempre. Tento sempre ser equilibrado, percebo bem as frustrações de todos. Olho para a equipa, se eles estiverem a fazer o que nós pretendemos, sou um treinador feliz. Com o passar do tempo vamos ser cada vez mais fortes, os adeptos vão rever-se na equipa mesmo quando as coisas não correrem tão bem», explicou.
Não prevê alterações na ideia de jogo
«Todos treinam dentro de uma ideia de jogo que temos, com e sem bola. Cada um à sua maneira dá coisas diferentes. Não vamos mudar nada em relação à ideia de jogo, tanto para este como para os próximos. Uns jogadores dão umas coisas, outras podem dar outras. O Jota ocupava uma zona em que não temos muitas soluções, por isso é que é bonito ser treinador. É natural que os adeptos queiram o Kaio. O Telmo ainda está a recuperar, temos o Mangas e o Nuno Santos, que não é extremo de origem. O Mangas dá coisas diferentes, quem está de fora não percebe isso tão bem», atirou.
Confia no plantel para uma boa resposta
«É sempre difícil escolher o onze, porque todos têm qualidade e trabalham imenso. Se tudo correr bem, iremos ter bastantes jogos e todos terão a oportunidade de dar o contributo à equipa. Quem estiver preparado para jogar cinco minutos estará preparado para jogar 90. Quem entrou em Malta entrou bem, mexeu no jogo. O Kaio tem um potencial enorme, se tivesse jogado em Malta a titular depois não tínhamos ninguém para mexer no jogo. Tentamos sempre as melhores soluções», concluiu.