Surpresa com a qualidade e profissionalismo do futebol maltês
O médio Matheus Souza, que na época passada representou o Floriana, adversário do Vitória de Guimarães na segunda pré-eliminatória da Liga Conferência Europa, ficou surpreendido com a realidade do futebol em Malta. Souza, que já jogou em clubes como Praiense, Amora e Lourosa em Portugal, conta que o campeão maltês Hamrun tem «um orçamento estratosférico», com 11 jogadores estrangeiros e que paga ordenados de 7, 8 e até 12 mil euros mensais. «Na época passada tinha o Marchetti, guarda-redes internacional italiano que jogou na Lázio», revela.
Já os clubes que lutam do meio da tabela para baixo da liga principal de Malta «pagam cerca de mil euros por mês, nunca mais do que dois mil», segundo o jogador luso-brasileiro.
Qualidade e organização do futebol maltês
Matheus Souza ficou surpreendido «com a organização e com o profissionalismo» que encontrou no futebol maltês, além da qualidade. «Há muitos italianos, sérvios, argentinos e brasileiros, que têm contribuído para evolução da liga», destaca.
Conselhos para o Vitória de Guimarães
O jogador, que atua atualmente no Luxemburgo, no Strassen, aconselha o Vitória a «ter paciência» no confronto com o Floriana. «Vai ter de circular bastante a bola para esperar o momento certo. A receita é não se precipitarem nos primeiros 20/30 minutos. Vai ser difícil encontrar espaço nos primeiros momentos, mas, com a qualidade que possui, o Vitória tem tudo para se qualificar se fizer um bom plano de jogo», perspetiva, considerando os minhotos «indiscutivelmente favoritos».
Souza alerta ainda para a necessidade de ter atenção a Matias Garcia, «um médio criativo, capaz de resolver a qualquer momento», e a Reyd, «muito forte fisicamente e bom finalizador», considerando-o «mais perigoso» do que Kyrian Nwoko, com quem faz dupla na frente. Oualid El-Asni e Kouros «são a base do sistema defensivo» do Floriana, «muitos experientes e jogam muito pesado», revela.