Final de loucos em Guimarães. O Vitória desperdiçou, de grande penalidade, o segundo golo que vinha a perseguir no primeiro minuto de descontos. Não confirmou aí o triunfo, viu a bola bater caprichosamente no ferro no último lance do encontro: Cadiz cabeceou ao poste. Suspiro no D. Afonso Henriques, valeu o golo de Jota Silva para o triunfo (1-0) na fuga para a frente dos conquistadores.
A equipa de Álvaro Pacheco foi globalmente melhor, teve mais oportunidades e vários momentos para matar o jogo perante um Famalicão incaracterístico que raramente se encontrou como equipa. Mas, ainda assim, acabou a passar por calafrios. Perante quase 13 mil espectadores, ganha uma margem confortável para o sexto lugar, depois da derrota do Moreirense, e aproxima-se do quarto após o empate do Sp. Braga.
Emoções ao Rubro
Num embate nem sempre bem jogado, acabaram por sobrar emoções. Mikel Villanueva voltou à competição quase meio ano depois, após lesão, sendo um dos pilares da defesa de um Vitória que, a espaços, teve bons momentos. Voltou a ser Jota Silva a definir os três pontos.
Após um arranque aos rebolões, em que apesar do domínio territorial a equipa de Álvaro Pacheco tinha dificuldades em chegar com a bola controlada a terrenos adiantados, o conjunto da cidade berço ganhou estofo com o evoluir do cronómetro e encostou o Famalicão às cordas no final da primeira metade.
Acutilância Desperdiçada
Organizado, mas pouco acutilante, o Famalicão estava refém do que o físico de Danho fosse capaz de fazer e ainda das arrancadas de Cadiz. O avançado apontou um golo e obrigou Charles a uma defesa apertada, mas claramente em posição irregular.
Mais confortável, o Vitória foi ameaçando, valendo aos famalicenses Luiz Júnior, que com duas defesas apertadas impediu Nelson Oliveira e Mikel Villanueva de abanarem as redes. Foi lá Jota Silva, o suspeito do costume, fuzilou num lance ao seu estilo: na raça fugiu pela direita e atirou sem hipóteses para o guarda-redes brasileiro.
Retas Finais Eletrizantes
Deu mostras de querer reagir o Famalicão no regressar das cabines, mas as afinações tiveram poucos efeitos práticos e foi novamente a equipa da casa a encontrar o caminho do ataque. Com Mangas a dar amplitude na esquerda e Jota a forçar pelo corredor direito, os vimaranenses perseguiram o segundo.
Numa espécie de hino ao desperdício, o Vitória teve várias oportunidades para ampliar a vantagem, mas foi muito perdulário. 'João Mendes, ao minuto 61, foi o expoente máximo ao atirar ao lado quando estava na pequena área com a baliza escancarada à sua mercê.
Forçou o Famalicão na reta final, reagiu à desvantagem fazendo o que lhe competia, atraindo ao jogo uma faceta do Vitória. O conjunto de Álvaro Pacheco encostou atrás, ficando à mercê do que o Famalicão conseguisse fazer. No primeiro minuto de compensação Butzke teve nos pés a oportunidade de marcar, de penálti. Desperdiçou.'
Agonia até final. Cadiz desviou de cabeça o último lance do encontro, atirando para o poste a ambição do Famalicão de levar pontos da cidade berço. Terceiro jogo consecutivo sem vencer de um Famalicão que nos últimos quatro meses somou apenas duas vitórias. Segundo triunfo consecutivo do Vitória numa jornada produtiva para as suas contas.