João Aroso analisa o seu futuro e destaca o trabalho de Álvaro Pacheco no Vitória de Guimarães

  1. João Aroso está a analisar o seu futuro como treinador principal ou adjunto
  2. Aroso elogiou o desempenho do Vitória de Guimarães sob o comando de Álvaro Pacheco
  3. O Vitória de Guimarães começou a época com o sistema 3x5x2, mas mudou para o 3x4x3
  4. Aroso destacou os jogadores Jota Silva e Tomás Handel do Vitória de Guimarães
  5. Aroso recebeu convites de vários clubes, mas optou por recusá-los
  6. Aroso revelou que teve um contacto do futebol inglês

Aos 51 anos, João Aroso tem um currículo que impõe respeito e no qual se destacam as passagens no Sporting, na Seleção Nacional, no SC Braga e no Vitória de Guimarães. Nesta entrevista a A BOLA, Aroso diz estar a analisar o futuro e sente-se preparado para várias possibilidades.

Quando questionado sobre o seu futuro, Aroso afirmou: 'Sinto-me preparado para ser treinador principal, como já fui em determinados contextos, mas também admito perfeitamente voltar a ser adjunto. Para isso, terá de ser num contexto especial. Terá de ser algo que me estimule, que me desafie e que eu ache que seja um bom passo no que concerne à minha carreira.'

Em relação ao Vitória de Guimarães, Aroso elogiou o desempenho da equipa sob o comando de Álvaro Pacheco: 'Vejo o Vitória muito bem. Uma equipa extremamente confiante e a praticar um bom futebol. Relativamente às nuances táticas, observo, nesta forma de jogar do Vitória, aquilo que identifico como intenção do Álvaro Pacheco em ter dado continuidade a boa parte da ideia de jogo que tínhamos na vigência do Moreno.'

Aroso também discutiu as mudanças no sistema tático do Vitória de Guimarães: 'Começámos a época com o 3x5x2. Entendemos que, devido a contingências da construção do plantel, tínhamos muitos médios com qualidade que nos convidavam a jogar dessa forma. Mas devo dizer que também o próprio Paulo Turra utilizou o 3x4x3. Antes disso, nós, na vigência do Moreno, tivemos algumas dificuldades nas alas, nomeadamente a lesão prolongada do Ricardo Mangas. Tal como, por exemplo, as caraterísticas da maioria dos nossos médios, que não eram muito verticais nem tinham muita chegada à área. Nós já estávamos a ponderar voltar ao 3x4x3, algo que aconteceu, até, durante o jogo com o Gil Vicente.'

Além disso, Aroso falou sobre dois jogadores em destaque no Vitória de Guimarães: 'Tenho um respeito enorme pelo Vitória e se o Vitória puder contar com eles muito tempo será ótimo para o clube. Mas eu penso que ambos podem ir para um patamar ainda superior, assim continuem a jogar regularmente. Acho que podem chegar a uma liga de topo, mas, para isso, precisam de mais épocas a jogar a este nível. O Tomás Handel teve um infortúnio provocado por uma lesão grave, que o obrigou a estar parado cerca de um ano, mas é um jogador com uma inteligência de jogo acima do normal. O Jota é um jogador que se sente como peixe na água quando joga perto da área.'

Em relação ao seu futuro, Aroso revelou que recebeu convites de vários clubes, mas optou por recusá-los: 'Tal como foi público, tive o convite do Moreno para o acompanhar em Chaves. Além disso, não queria concretizar em termos de nomes de clubes, mas posso dizer que tive abordagens de países árabes, do Brasil e de Portugal. Foram situações que decidi não aceitar porque não me estimulavam.'

Aroso também falou sobre um possível convite do futebol inglês: 'Além dessas situações de que falei, e que recusei, posso dizer que tive, já há algum tempo, um contacto do futebol inglês, possibilidade que ainda hoje se mantém em aberto. Não vou dizer que é provável, digo apenas que é uma possibilidade.'

Em relação ao campeonato português, Aroso elogiou a competitividade e a qualidade dos treinadores e jogadores: 'Tem sido um campeonato bastante competitivo. Há uma distância pontual muito diminuta entre os clubes que estão no topo da tabela, cenário idêntico, de resto, ao que acontece com as várias equipas que estão na parte inferior da classificação. Isso é muito positivo para a qualidade do nosso campeonato, uma vez que é sinal de competitividade. A esse facto acresce ainda a qualidade dos nossos treinadores e jogadores.'