Desde que o Gil Vicente regressou à I Liga, em 2019/20, apenas dois treinadores conseguiram concluir uma época inteira no comando da equipa: Vítor Oliveira e Ricardo Soares, este último numa temporada histórica que valeu uma inédita qualificação europeia ao clube.
Porém, a realidade é que, sem contar com os interinos, o Gil Vicente já teve oito treinadores neste período, com a nova Direção, eleita há cerca de um ano, a ver sair três técnicos: Vítor Campelos, Tozé Marreco e agora Bruno Pinheiro.
Hugo Vieira, antigo jogador do Gil Vicente e candidato derrotado nas últimas eleições para a presidência do clube, não poupa críticas à estratégia adotada pela atual Direção. «Acho que deviam dar a cara e explicar aos sócios o que está a acontecer, por que razão há uma média de três treinadores por temporada, com o orçamento que temos e com os jogadores que temos», atirou.
Para Vieira, «qualquer treinador precisa de estabilidade», algo que, acrescenta, «o Gil Vicente não tem neste momento». O ex-candidato critica ainda a estratégia no mercado, afirmando que o clube «vende jogadores sem responsabilidade e não contrata», dando como exemplo a recente saída de Mory Gbane. Vieira lamenta ainda que o Gil Vicente não tenha na sua estrutura «gente que perceba de futebol».
Para substituir Bruno Pinheiro, a Direção gilista promoveu, para já, José Pedro Pinto, técnico que estava no comando da equipa de sub-19.