Durante a AG do FC Porto, André Villas-Boas expressou preocupação com a situação financeira atual do clube. O ex-treinador destacou o aumento significativo da dívida financeira nos últimos 12 anos, que passou de 98 milhões de euros para 311 milhões de euros. Além disso, mencionou o passivo total de 499 milhões de euros e os capitais próprios atribuídos aos sócios de apenas 199 milhões de euros.
Villas-Boas também levantou questões sobre as remunerações recebidas pela administração do clube nos últimos anos, afirmando que desde 2011 a administração recebeu mais de 27 milhões de euros em remuneração fixa e variável, sem considerar as polémicas ajudas de custo entre viaturas, combustíveis e despesas com cartões de crédito.
O ex-treinador criticou a falta de visão e planeamento por parte da atual administração, apontando para a antecipação de receitas e a concessão dos direitos de exploração comercial para os próximos 15 anos a uma empresa americana como exemplos dessa falta de sustentabilidade financeira.
Villas-Boas concluiu as suas declarações questionando os membros da Direção se estariam dispostos a hipotecar o futuro do clube da mesma forma como hipotecam o futuro das suas próprias famílias.
As preocupações levantadas por Villas-Boas na AG do FC Porto são alarmantes e deixam os adeptos do clube apreensivos em relação ao futuro financeiro da equipa. É necessário que a administração do clube tome medidas para garantir a sustentabilidade financeira e evitar o agravamento da dívida.