Francesco Farioli, treinador do FC Porto, não esconde as suas preocupações com o estado do plantel após um início perfeito na Liga. O técnico italiano fez um apelo à moderação, afirmando que “há dois meses, quando cheguei, lembro-me dos sentimentos, da linguagem corporal das pessoas. E, em dois meses, já temos todos 1,95m, somos loiros e de olhos azuis. Não é essa a realidade. Os jogadores não eram tão maus antes e, provavelmente, não são tão bons agora.” Esta análise demonstra a necessidade de manter os pés no chão num momento em que a equipa está a desfrutar de uma sequência vitoriosa.

Kevin Williams, peruano a cumprir as obrigações com a selecção, é um dos jogadores que pode ficar de fora do jogo contra o Nacional. Farioli ainda referiu que “tivemos muitos jogadores com as selecções e é importante reconectar toda a gente aqui nestes dias antes do jogo e continuarmos em frente, sabendo que o que fizemos está no passado.” O fato de que as ausências por lesão podem impactar a performance do FC Porto é uma preocupação central para Farioli, que alertou para a importância de estar preparado. Esta situação torna ainda mais relevante as escolhas que o treinador terá de fazer ao montar o onze para o confronto deste sábado.

Desafios na Defesa

A ausência de Alberto Costa e Martim Fernandes, ambos laterais-direitos, surge como o principal desafio. Farioli já considerou diversas opções, incluindo Nehuén Pérez, que tem sido testado na posição, e a possibilidade de convocar Jakub Kiwior para a estreia. Sobre essa flexibilidade na posição, Farioli afirmou: “Ainda estamos a avaliar. Como sempre, levamos para o campo e para o banco jogadores totalmente aptos. Não quero correr riscos se a situação não estiver clara.” Esta abordagem reflete o desejo do treinador de não comprometer a eficácia do plantel, mesmo que isso signifique improvisar em algumas áreas do campo.

Além das dores de cabeça na lateral, o FC Porto vê-se numa situação em que a recuperação de Gabri Veiga é vital. O jogador deverá retornar à titularidade e substituir Rodrigo Mora, uma mudança que, segundo Farioli, é essencial. “Temos também de fazer um teste de realidade, como gosto de dizer.” Este teste que Farioli menciona pode muito bem definir a continuidade do sucesso da equipa nas jornadas seguintes.

Preparação para o Jogo Contra o Nacional

Enquanto isso, o Nacional é visto como um adversário firme, e a mensagem de Farioli para a equipa é simples: “Estamos bem preparados. Costumam jogar em 4-3-3 ou 4-2-3-1, mas com muita variabilidade com bola, diferentes timings de pressão e temos de estar prontos para o desafio.” A necessidade de manter o nível e a motivação é uma prioridade, e, à medida que o clube se prepara para este encontro, Farioli tem consciência das expectativas de um Dragão repleto de adeptos.

O treinador reiterou: “O entusiasmo dos adeptos é algo que temos de saber potenciar. Vamos jogar de novo diante de um Dragão lotado e é um privilégio merecermos esse apoio em todos os jogos. O desafio para todos é manter a calma, os pés no chão e continuar a trabalhar muito forte.”

Gerir Lesões e Expectativas

Deste modo, espera-se que Francesco Farioli consiga gerir as lesões e devolver a solidez que caracterizou o início da época ao FC Porto, abordando os desafios que o Nacional trará no Estádio do Dragão. O teste de realidade que ele menciona poderá não apenas impactar a forma como jogam esta jornada, mas também moldar o futuro da equipa na época em curso.

A capacidade de adaptação e a estratégia de Farioli serão cruciais para o desempenho da equipa, uma vez que cada jogo é uma nova oportunidade para mostrar a força do FC Porto e a sua ambição de lutar pelos títulos em disputa.