Rui Quinta critica situação do FC Porto

  1. Rui Quinta analisa época difícil
  2. Mudança de treinador sem resultados
  3. FC Porto atinge 3º lugar com 71 pontos
  4. Anselmi estreia com tática de 3 centrais

O FC Porto atravessa um período difícil na temporada, e as palavras de Rui Quinta, ex-adjunto técnico, oferecem uma visão crítica sobre a situação atual. Ele enfatiza que “os factos mostram que a mudança não produziu efeito nem acrescentou rigorosamente nada ao desempenho da equipa que permitisse ter a ilusão de discutir alguns dos troféus que ainda estavam em jogo”.

A troca do treinador, com Vítor Bruno substituído por Martín Anselmi, não trouxe os resultados esperados. Quinta observa que “a única coisa que restará neste momento é olhar para o que se fez, refletir e aproveitar para crescer, procurando que, no futuro, o clube seja capaz de mostrar mais competência e obter melhores resultados”. Após a sua primeira época sob a presidência de André Villas-Boas, o clube repetiu o terceiro lugar na Liga Betclic, com 71 pontos, atrás dos rivais Sporting e Benfica.

Desafios na Liderança

“Percebo o entusiasmo, a paixão, a dedicação e a ligação umbilical ao clube, mas quem dirige tem de o fazer através das convicções e ideias. Não poderá dirigir pela onda, pela manada ou em função daquilo que parece,” acrescenta Rui Quinta, destacando a necessidade de uma liderança firme e conviccionada em tempos de incerteza. Essa liderança foi questionada quando o FC Porto começou a vacilar na competição, acabando por não conseguir manter o ritmo com o Sporting e o Benfica.

Quinta foi claro sobre as expectativas que surgiram após a promoção de Vítor Bruno, que começou a sua era com uma Supertaça, mas logo viu a situação desmoronar: “Essa expectativa diluiu-se nos meses subsequentes, já que o FC Porto foi afastado pelo Moreirense na terceira eliminatória da Taça de Portugal”. Por sua vez, a equipe também falhou na Taça da Liga e teve dificuldades no campeonato.

Tensão entre Gestão e Resultados

No entanto, a questão da responsabilidade fica clara quando Rui Quinta reflete: “Pergunto-me muitas vezes se queres ter razão ou ser campeão. É a pergunta que deve nortear quem lidera”. Esta frase resume a tensão entre gestão e resultados em um clube que espera constantemente pelo sucesso.

O novo comandante, Martín Anselmi, iniciou sua gestão com uma nova abordagem, implementando uma tática de três defesas centrais, mas Quinta nota uma preocupação significativa: “a equipa cedeu mais pontos desde a mudança técnica do que nos cinco meses prévios com Vítor Bruno”.

O Desafio de Anselmi

Quinta reconhece que as circunstâncias são desafiadoras e que o “grande desafio” de Anselmi é “entusiasmar todos os jogadores com as suas convicções”. O ex-adjunto destaca que “o único impacto é que não entra [tanta] receita”, uma referência à importância económica do desempenho do clube em competições europeias.

Essa falta de receita vem da falha em garantir uma vaga na Liga dos Campeões, colocando o FC Porto, mais uma vez, na Liga Europa, onde, segundo Quinta, “é uma oportunidade extraordinária para procurar outras soluções que, muitas vezes, o dinheiro nem permite pensar”.

Reflexão e Caminho para o Futuro

Diante de tudo isso, Rui Quinta alerta que “é com o trabalho que os jogadores sejam potenciados e conquistem em equipa o que está em jogo”. A necessidade de revisão e reflexão surge como uma prioridade, numa época em que o FC Porto deve questionar seu caminho e decidir como avançar em busca do regresso à glória.

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