A decisão de abrir o inquérito foi comunicada pelo Ministério Público em seu site oficial, onde se lê: 'Tendo em conta os acontecimentos sucedidos na assembleia-geral do Futebol Clube do Porto, que teve início no dia 13.11.2023, amplamente divulgados na comunicação social e susceptíveis de integrar infracções criminais de natureza pública, foi determinada a instauração de inquérito, que corre termos no Diap da Procuradoria da República do Porto'.
As imagens dos confrontos entre os sócios do clube circularam nas redes sociais e mostram agressões físicas e tumultos nas bancadas. Além disso, a equipa de reportagem da CMTV foi verbalmente agredida e o carro onde estavam foi alvo de vandalismo, como relata o CNID (Associação dos Jornalistas de Desporto).
Após a suspensão da AG, o FC Porto anunciou a abertura de processos disciplinares contra os responsáveis pelas agressões físicas. Em comunicado, o clube afirmou que 'vai recorrer aos meios que tem ao seu alcance para identificar os responsáveis pelas agressões físicas e mobilizará os restantes órgãos sociais, tendo em vista a abertura de processos disciplinares'.
A AG tinha como objetivo a deliberação dos novos estatutos do clube e contou com uma afluência muito maior do que o esperado, o que levou a alterações de última hora no local da reunião. A sessão começou com uma intervenção do presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, que manifestou sua reprovação em relação a alguns artigos da proposta de estatutos. Os desacatos entre os sócios geraram tensão e culminaram em confrontos físicos.
O Ministério Público tomará as medidas necessárias para investigar os incidentes ocorridos na AG do FC Porto e responsabilizar os envolvidos pelos seus atos criminais.