Julgamento da Operação Pretoriano: Bilhetes Nominais Chamam Atenção nas Buscas

  1. Os bilhetes apreendidos eram nominais e pertenciam a sócios
  2. As buscas ocorreram em janeiro de 2024
  3. Foram apreendidos 104 bilhetes do FC Porto, a maioria para o jogo com o Arsenal
  4. Fernando Saul e Carlos Nunes ('Jamaica') tiveram as suas casas revistadas

Durante o julgamento da Operação Pretoriano, no Porto, o chefe da PSP responsável pelas buscas domiciliárias ao arguido Vítor Manuel Oliveira, conhecido como Aleixo, revelou que o que mais lhe chamou a atenção foram os bilhetes apreendidos serem nominais. “O que me chamou à atenção é que os bilhetes eram nominais”, disse o depoente.

Antes das buscas, em janeiro de 2024, já existiam suspeitas da existência de um sistema de venda ilícita de bilhetes. Durante as buscas, foram apreendidos o telemóvel de Aleixo e 104 bilhetes do FC Porto, sendo a maioria (87) para o jogo do Arsenal, 10 para o jogo de hóquei em patins com o Benfica, seis para o voleibol com o Leixões e um do jogo frente ao Sporting de Braga.

## Buscas a Fernando Saul

Numa outra busca, com a colaboração do conhecido adepto portista, que abriu a porta de casa às autoridades, foi apreendido o seu telemóvel. “Chamou-me à atenção o facto de os bilhetes serem nominais, de estarem em nome de sócios. Suponho que seriam de alguém que tivesse lugar cativo”, acrescentou a testemunha.

O agente da Polícia de Segurança Pública que operacionalizou as buscas a casa de Fernando Saul, antigo Oficial de Ligação aos Adeptos do FC Porto e 'speaker' do Estádio do Dragão, também prestou declarações. “Fernando Saul abriu-nos a porta de casa. Apreendemos um telemóvel e um computador, que estava na mesa de cabeceira do quarto. No carro, apreendemos 2.940 euros, que estavam na consola. [...] Estava pousado um maço de notas”, descreveu.

## Buscas a Carlos Nunes

Ainda antes do término da sessão, deu-se o depoimento do polícia responsável pelas buscas domiciliárias a Carlos Nunes (Jamaica), que relatou ter apreendido estupefacientes e o casaco que “foi referenciado como tendo sido usado [por 'Jamaica'] na Assembleia Geral”.

O julgamento da Operação Pretoriano, que envolve 12 arguidos incluindo o antigo líder dos Super Dragões Fernando Madureira, retoma na terça-feira. Os arguidos respondem por 31 crimes, entre os quais 19 de coação e ameaça agravada, sete de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo e três de atentado à liberdade de informação.

Francisco J. Marques critica André Villas-Boas após derrota do FC Porto

  1. Francisco J. Marques criticou André Villas-Boas após a derrota do FC Porto contra o Benfica (1-4).
  2. Marques acusou Villas-Boas de “incompetência” e de “enganar” os sócios.
  3. Marques: “Ao longo dos seus 47 anos de vida André Villas-Boas só viu duas vezes o Benfica golear o FC Porto e em ambas foi depois de chegar a presidente do FC Porto.
  4. Manuel José: “Quem devia ir para estágio era a direção e não os jogadores”.

Agentes da PSP detalham buscas na casa dos Madureiras durante julgamento da Operação Pretoriano

  1. Entrada na residência feita por equipa táctica vinda de Lisboa, através de arrombamento
  2. 620 euros encontrados num móvel, 31.550 euros encontrados num saco de papel debaixo da cama
  3. Quantia de 3 ou 4 mil euros encontrada em cima de um pequeno sofá, além de outras quantias menores pela casa
  4. Fernando e Sandra Madureira apresentaram queixa por furto, mas foi arquivada, enquanto polícias apresentaram contra-queixa por denúncia caluniosa