A passagem de Tomás Podstawski pelo FC Porto está repleta de recordações e aprendizagens que o marcaram para toda a vida. O jogador, que agora se encontra sem clube, recorda os desafios que enfrentou enquanto jovem nas camadas de formação dos azuis e brancos.
“Estive nove anos no FC Porto e aprendizagem e o conhecimento, aliados também à Seleção Nacional, foram imensos. Noto que essas bases são transportadas para todos os contextos desportivos e profissionais em que estive noutros países. Tenho noção da qualidade da formação que tive, não só a nível de infraestruturas, mas também de treinadores e acompanhamento. Senti sempre uma grande vantagem nas minhas experiências técnico-táticas e partilhei balneário com colegas que estão na Seleção A. Fico contente por ter feito parte da história da formação de um clube como o FC Porto, isto sem esquecer que também passei pelo Boavista,” começou por referir Tomás Podstawski.
Memórias do Primeiro Treino
A experiência de treinar com grandes jogadores também não passou despercebida. Tomás recorda com nostalgia o seu primeiro treino com a equipa principal: “Consegui treinar com quase todos os treinadores quando estive no FC Porto. Na primeira vez que treinei com a equipa A tinha 15 anos e foi com o atual presidente Villas-Boas. Foi em 2010, no treino aberto no Estádio do Dragão, e estava lá com jogadores como Falcão, Hulk, Guarín... Sendo miúdo, claro que me atiraram água fria e colocaram-me no tanque de água gelada; eu queixava-me e tentei fugir, mas não dava [risos]. Claro que deu para aprender muito com jogadores como o Lucho, o Moutinho, o Varela, o Helton... Ainda consegui estar com o Iker Casillas, portanto são aprendizagens que levo para sempre.”
A convivência com ícones do futebol mundial moldou a visão desportiva de Tomás. O respeito e a admiração que nutre por esses jogadores refletem-se nas suas palavras. As trocas de experiências e o aprendizado ao lado de grandes estrelas foram uma parte fundamental da sua formação.
Frustração pela Oportunidade Perdida
Contudo, há um sentimento de frustração por não ter conseguido estrear-se pela equipa principal. “Cheguei a ser convocado, mas fiquei sempre no banco. Foi pena a oportunidade não ter surgido, mas estamos a falar de plantéis do FC Porto que eram extremamente fortes, que conquistavam títulos e com jogadores internacionais. O ritmo de jogo e a capacidade física deles eram enormes e foi difícil para mim integrar. Na minha posição havia o Fernando, o Casemiro, o Lucho, o Moutinho... Estavam numa forma fantástica e não era fácil treinar de uma forma regular na primeira equipa. É preciso tempo e estar lá durante alguns meses para se ficar tranquilo no balneário,” afirmou Tomás Podstawski, agora com 30 anos.
Esta reflexão sobre a sua carreira serve como um testemunho das dificuldades e desafios que muitos jovens talentos enfrentam nos grandes clubes. A realidade de competir em ambientes de alta pressão é um tema comum entre os aspirantes a jogadores profissionais e Tomás é um exemplo claro disso.
Legado e Futuro
Apesar dos obstáculos, Tomás revela um grande orgulho nas suas experiências e aprendizagens ao longo da sua carreira. O seu tempo no FC Porto e a formação que obteve não são apenas uma recordação, mas um legado que continuará a influenciar o seu percurso profissional.
Enquanto procura novas oportunidades, a sua história serve como uma inspiração para muitos jovens atletas que sonham em brilhar nos grandes palcos do futebol. Tomás Podstawski é um exemplo de resiliência e determinação, mostrando que cada experiência, seja ela positiva ou negativa, contribui para o crescimento pessoal e profissional.